A cozinheira Cátia Rosa de Carvalho dos Santos, de 40 anos, é a primeira paciente curada após ter sido intubada no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, de Americana, com o novo coronavírus (Covid-19). Para ela, sua recuperação foi uma “vitória”.

Moradora da Cidade Jardim, Cátia contou que teve sintomas por cinco dias antes de procurar o pronto-socorro.

A cozinheira perdeu o paladar, o olfato, teve tosse e dores no corpo. Ela decidiu ir até o hospital após sentir “incômodo” para respirar.

Ela foi internada no dia 9 de junho. Seu quadro se agravou e ela precisou de intubação.

“Eu fiquei muito nervosa, preocupada por causa do meu filho, como seria o psicológico dele, com meu marido. Acho que isso me prejudicou. Falaram que eu tinha que ir para outro lugar para me acalmar e ajudar mais no tratamento”, lembra a cozinheira.

Ela contou que perdeu a noção do tempo que esteve internada. “Os funcionários falavam que eu era um milagre. Eu falava como assim, faz dois dias que estou aqui. Mas fazia mais de 15 dias”, contou ao LIBERAL.

A cozinheira ficou seis dias intubada, respirando com ajuda de aparelhos. Ela teve melhora e em 20 de junho foi desintubada. No dia seguinte, foi para o quarto.

“Dá muita esperança, foi a primeira paciente a sair do tubo. Estou ali onde ficam os intubados e estão todos morrendo, é muito grave. Ao mesmo tempo que a pessoa está boa, o pulmão fecha de uma vez, e eles intubam. Depois da intubação não é fácil”, contou uma técnica de enfermagem do HM que pediu para não ser identificada.

Cátia recebeu alta nesta quinta. Em vídeo postado nas redes sociais, ela é recebida com palmas pelo marido, filho, amigos e funcionários do hospital.

“Agradeço muito os amigos, pessoas que fizeram corrente de oração no grupo da igreja. E toda equipe do Hospital Municipal, desde moça da limpeza até médicos, são maravilhosos na minha vida”, disse a cozinheira.

De acordo com a médica infectologista do Hospital Municipal, Juliana Ribon, Cátia foi a primeira paciente intubada com coronavírus que se recuperou.

Segundo ela, outras pessoas tiveram alta antes de Cátia, mas sem apresentar um quadro tão grave.