O Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi e a Unimed, em Americana, registraram, nesta segunda-feira, filas de pacientes com sintomas gripais. O atendimento se intensificou desde a semana passada, com a quantidade saltando de 50 a 80 para 180 a 270 por dia só no HM.

A reportagem do LIBERAL esteve nas duas unidades de saúde e flagrou pacientes do lado de fora das instituições aguardando atendimento nos setores voltados para sintomas gripais.

Médico infectologista, Arnaldo Gouveia Junior diz que o pior está por vir. “Não estamos na crise ainda, estamos no esquenta. O baile mesmo vai começar do dia 10 em diante porque vai reunir as pessoas que contraíram o vírus [Covid e Influenza] nas festas de final de ano”, afirmou.

Na manhã desta segunda ao menos 13 pacientes aguardavam atendimento do lado de fora do HM. O tecelão Jeferson dos Santos, 26, permaneceu no hospital das 8h30 às 11h30 e disse que nesse período notou que alguns pacientes desistiram do atendimento por conta da grande quantidade de pessoas. “Estava chegando na emergência [a fila]”, declarou.

A reportagem questionou a prefeitura se o atendimento foi mais intenso nesta segunda, mas a administração informou apenas que os números [de consultas] só estarão disponíveis a partir de hoje.

Em nota, a Unimed relatou que houve intensificação do movimento no pronto atendimento na comparação com a semana passada em função do aumento de pacientes com síndromes gripais e casos suspeitos de Covid-19.

A instituição, no entanto, não informou quantos atendimentos foram realizados. Disse apenas que a maior parte dos pacientes apresenta sintomas leves e não há internações de casos graves da doença.

TESTES. Por conta do aumento de ocorrências de gripes, a procura por testes rápidos de Covid em farmácias também registrou alta. Em uma drogaria na Rua Fernando de Camargo, o movimento se intensificou dias antes do Natal. “A agenda de testes está praticamente cheia. Pelo menos uns dez testes são feitos só no período da manhã”, informou uma funcionária.

Segundo o médico infectologista, a realização do exame é importante, principalmente para saber se não é Covid-19.

“A transmissão da Influenza e da Covid é idêntica. A única diferença é que a Influenza transmite por menos tempo, de três a quatro dias. E a Covid pode transmitir por até dez dias. Por isso, recomendo o exame, para saber que medidas tomar e para proteger os outros”, explicou.

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Cidades da região também registram alta no atendimento

Assim como em Americana, as demais cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) registraram aumento no número de atendimentos de pacientes com sintomas gripais nesta segunda-feira.

Em Nova Odessa, o movimento no pronto atendimento do Hospital e Maternidade Municipal aumentou 40% em comparação com uma segunda-feira “normal”.

De acordo com o secretário de Saúde do município, Silvio Corsini, das 7 às 14 horas foram realizados 218 atendimentos, sendo que 98 deles por síndrome gripal.

Em Hortolândia, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Hortolândia realizou, até 14 horas desta segunda, 293 atendimentos. Destes, 135 pacientes apresentavam sintomas gripais.

Em Santa Bárbara d’Oeste a procura por atendimento nos prontos-socorros Afonso Ramos e Edison Mano “aumentou consideravelmente nos últimos dias”, de acordo com a prefeitura. “Foram registrados 1.453 atendimentos de sintomas gripais entre 27 de dezembro e 2 de janeiro, média de mais de 200 atendimentos diários”, traz nota da assessoria.