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COVID-19

Hospitais de Americana têm 159 pacientes internados

Volume é equivalente à terceira semana de março, quando a pandemia atingia pico da segunda onda

Por Marina Zanaki

01 de junho de 2021, às 08h40 • Última atualização em 01 de junho de 2021, às 14h30

Hospital Municipal tinha ocupação total nesta segunda-feira – Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal

Os quatro hospitais de Americana registravam 159 internados com suspeita ou confirmação para o novo coronavírus (Covid-19) nesta segunda-feira (31).

O volume de internados já é semelhante à terceira semana de março, quando a pandemia atingia o pico da segunda onda. O recorde de internados foi registrado em 31 de março, com 191 pessoas hospitalizadas.

Do total de 159 internados nesta segunda, 77 estavam em leitos com respiradores e 82 em enfermarias. No Hospital Municipal, todos os 30 leitos clínicos para Covid-19 estavam ocupados e foi necessário mobilizar mais cinco para acomodar a demanda.

Os leitos com respiradores do HM tinham oito vagas disponíveis. Do total de 26, 18 apareciam ocupados nesta segunda.

Infectologista que atua na linha de frente da pandemia, Ártemis Kilaris contou que o aumento observado desde a semana passada pegou as equipes de surpresa.

“Um aumento absurdo de uma semana para cá. Desde a semana passada, prontos-socorros lotados, UTIs lotadas. Acho que ninguém mais consegue dizer se é a terceira onda ou se é a segunda ainda. Pegou de surpresa, o Dia das Mães já passou, o reflexo foi depois de 10 dias. Era minha semana de plantão e foi um absurdo, e agora está tudo de novo, mas não teve nenhum feriado prévio para justificar. Acho que é o relaxamento mesmo, as pessoas estão saindo, indo em festas, se encontrando”, avaliou.

Ártemis acredita que a pandemia possa estar caminhando para uma situação tão crítica quanto o ápice da segunda onda.

“Na minha interpretação são casos da variante brasileira (P1, de Manaus), a variante indiana está chegando. O perfil da doença é diferente se comparado ao ano passado, muito mais grave, e evoluem de forma mais rápida para insuficiência respiratória. Sabemos que as variantes são mais contagiosas, e têm se mostrado mais agressivas em termos de doença mesmo”, analisou a médica.

Ela revelou que as equipes da saúde estão exaustas. “Você dá alta para três pacientes e interna mais cindo. Eles precisam de monitoramento o tempo todo com oxigênio, é muito desgastante”, desabafou a médica.

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