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Americana

Guarda de Americana volta para casa após 112 dias internado com Covid-19

Patrulheiro chegou a ficar 26 dias intubado, dois meses traqueostomizado e 50 dias inconsciente

Por Rodrigo Alonso

10 de agosto de 2021, às 08h22 • Última atualização em 10 de agosto de 2021, às 08h26

Guarda municipal de Americana, José Luiz Muller com a mulher, Maria Aparecida vitória contra a Covid-19 - Foto: Ernesto Rodrigues - O Liberal.JPG

O que era para ser uma viagem de férias, por fim, tornou-se uma história de superação. O guarda municipal de Americana José Luiz Muller, de 61 anos, agora está em casa, são e salvo. Mas, até este fim de semana, ele estava a milhares de quilômetros de distância, em Maceió (AL), onde ficou 112 dias internado por conta de complicações decorrentes do novo coronavírus (Covid-19).

José desembarcou neste domingo no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e logo pegou estrada para Americana, onde foi recebido por seus colegas da Gama (Guarda Municipal de Americana), que o esperavam na entrada no município. “Foi uma emoção muito grande”, afirmou o guarda.

Ainda com limitações físicas, José destacou a importância dessa recepção para sua recuperação. “Um incentivo muito bom”, disse o patrulheiro, que ainda não consegue andar.

Porém, sua situação atual não se compara com a que ele viveu na capital alagoana. “Teve vez que eu pensei que ia morrer”, ressalta.

Acompanhado da esposa Maria Aparecida da Silva Muller, também de 61 anos, o guarda municipal embarcou para Maceió em busca de lazer, mas não conseguiu sequer sair do quarto.

Segundo Maria, ele já não se sentia bem mesmo antes de sair de Americana, mas passou por atendimento médico duas vezes e, em ambas, recebeu a informação de que não tinha Covid-19.

No entanto, em Maceió, seu estado de saúde se agravou. “Chegou lá e já nem saiu do quarto, porque o pulmão dele estava muito grave”, contou a esposa ontem.

Primeiro, José se dirigiu a uma unidade de pronto-atendimento. E, na sequência, acabou encaminhado para a Santa Casa local, onde permaneceu até ter alta.

PERMANÊNCIA. Durante sua estadia no hospital, o patrulheiro chegou a ficar 26 dias intubado, dois meses traqueostomizado e 50 dias inconsciente. Ele saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) só no último domingo. “Foi bem grave. É um milagre muito grande ele ter sobrevivido”, destacou Maria, que ficou todo esse tempo na capital alagoana.

No início, ela também foi diagnosticada com coronavírus e se isolou por duas semanas em uma pensão. Depois, se instalou por três meses na casa de uma prima que ela não conhecia.

“Tenho dois parentes que moram lá, mas eu não conhecia. Os outros parentes meus descobriram eles para mim e passaram o telefone”, comentou Maria, que acompanhava diariamente os boletins médicos de seu marido.

José, inclusive, elogiou o atendimento do hospital. “Foi maravilhoso. O pessoal lá me atendeu muito bem. Não tem o que falar”, apontou.

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