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Americana

Goodyear realiza mais demissões em meio a PDV

Funcionários dizem que multinacional instalada em Americana não atingiu número necessário em seu programa

Por George Aravanis

04 de fevereiro de 2020, às 08h09 • Última atualização em 04 de fevereiro de 2020, às 13h29

A Goodyear, em Americana, vem realizando demissões desde o último dia 25. O LIBERAL conversou com três dispensados, que disseram que os cortes foram amplos e motivados por causa da baixa adesão ao PDV (Programa de Demissão Voluntária) lançado no fim de 2019.

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Questionada sobre o número de demitidos e as razões, a assessoria de imprensa da empresa enviou nota em que confirma a “realização de Plano de Demissão Voluntária e ajuste da sua estrutura de cargos da sua unidade em Americana, em iniciativa negociada com o Sindicato dos Trabalhadores da Categoria e aprovada pelos empregados em assembleia. O movimento está alinhado à estratégia da companhia para manter-se competitiva no mercado nacional.”

Foto: Arquivo / O Liberal
Empresa disse em nota que realiza reajuste na estrutura de cargos

Um dos demitidos diz ter recebido da empresa um papel em que informava que o período de adesão ao PDV, inicialmente previsto para se encerrar em dezembro, havia sido estendido até o último dia 1º de fevereiro. O documento cita que seriam necessárias mais 198 demissões – nada disso foi confirmado nem negado pela Goodyear, que só enviou a nota citada acima.

Segundo os funcionários demitidos, a empresa vem contratando outros trabalhadores com salários menores para substitui-los, mas sem treinamento adequado. Ao mesmo tempo, afirmam, houve cobrança para mais produção desde o fim do ano – eles acreditam que fosse para formar estoque.

A iminência das demissões e o excesso de trabalho gerou um clima de estresse, contam. “Teve uma leva que entrou em dezembro, esse pessoal que entrou em dezembro estava treinando pessoal que entrou em janeiro. Eles não tinham capacidade para treinar”, disse um homem demitido.

Ouça o “Além da Capa”, um podcast do LIBERAL

A reportagem tenta obter informações com o Sindicato da Borracha, que representa os trabalhadores da Goodyear, desde a terça passada. O vice-presidente, Edinelson Azevedo de Souza, disse que só o presidente, Paulo Bettoni Médice, poderia falar. Desde então o LIBERAL tenta falar com Médice no sindicato, mas a informação é de que ele não está lá e que não podem passar seu celular.

Aos três funcionários demitidos ouvidos pelo LIBERAL ontem, foi dada a opção de adesão ao PDV – eles, porém, optaram por não entrar no plano, pois disseram que perderiam direito ao seguro desemprego.

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