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Aglomeração

Gama atende primeira denúncia de bar com aglomeração na fase amarela

Bar estava funcionando depois das 17 horas, que é o horário permitido pela Prefeitura de Americana

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13 de agosto de 2020, às 09h25 • Última atualização em 14 de agosto de 2020, às 08h06

A Gama (Guarda Municipal de Americana) atendeu, na noite desta quarta-feira (12), o primeiro caso de aglomeração em um bar da cidade após o avanço da região para a fase amarela do Plano São Paulo, que permitiu o funcionamento, com restrições, de estabelecimentos desse tipo.

Até então, bares e restaurantes só podiam abrir no sistema delivery. Agora, eles podem receber público até às 17 horas, funcionando seis horas por dia.

Na noite desta quarta, a guarda recebeu denúncias de que o Bar do Pezão, na Avenida Paschoal Ardito, estava com as portas abertas às 22h, fora do horário liberado.

Guarda atendeu uma denúncia de um bar na Avenida Paschoal Ardito – Foto: Gabrielly Antunes / Divulgação

Segundo o comandante da corporação, Marcos Guilherme, uma viatura passou na frente do bar para fazer o reconhecimento do local e flagrou um grande números de pessoas se aglomerando na calçada e no asfalto.

Por isso, solicitou a presença de mais viaturas e da PM (Polícia Militar) para ajudar na ocorrência.

“Esse foi o primeiro caso que nós atendemos. Segundo o proprietário, ele foi surpreendido pelo movimento e aí perdeu o controle. Já é orientado quando há um tipo de solicitação, quando há uma movimentação muito grande de pessoas, a gente faz uma análise do local e depois é estudado a melhor forma de abordagem”, disse ao LIBERAL.

Depois da intervenção da Gama, o proprietário do estabelecimento encerrou as atividades. Segundo a corporação, as pessoas deixaram o local depois disso.

Marcos Guilherme afirma que encaminhou a ocorrência para a Uvisa (Unidade de Vigilância Sanitária), órgão responsável por dar andamento a parte administrativa do caso.

A Prefeitura de Americana informou que vai interditar o estabelecimento.

“A vigilância sanitária informou que recebeu nesta quinta-feira (13) a denúncia sobre o descumprimento da regra de funcionamento, e que irá interditar o estabelecimento”, diz a nota enviada ao LIBERAL.

Fora do estabelecimento
Em entrevista ao LIBERAL, um dos sócios proprietários do Bar do Pezão, Cláudio Pedro da Silva, afirmou que o grande número de pessoas estava se aglomerando na rua e não dentro do comércio. Ele diz que no interior do bar só havia dez mesas colocadas, respeitando a capacidade do local.

Ele ainda conta que parou de vender bebidas por volta das 21h, mas que os frequentadores permaneceram na calçada, dando um jeito para conseguir os drinks de outra maneira.

“Eu falei pra ele [para o Guarda] ‘olha lá, não tem ninguém dentro do balcão, tá todo mundo correndo atrás de limpar e ainda tinha 100 pessoas aqui na frente’. Agora, tava bebendo da onde, do bar? Não era. Eu tava atendendo dentro do meu espaço, eu tinha dez mesas”, destacou Cláudio.

Com relação ao horário de funcionamento, o proprietário confessou que sabia da proibição.

“Eu sabia. Eu não fujo da verdade. Se eu ficar das 11h até às 17h, eu não dou conta de pagar minhas dívidas. Como eu trabalho com espetinho, eu imaginava trabalhar com as minhas dez mesas aqui dentro. Como eu vou imaginar que, em uma quarta-feira, vai dar uma invasão daquela?”, indagou.

O comerciante ainda não sabe como colocará o bar para funcionar após o episódio desta quarta-feira.

“Se for tolerância zero, então a gente espera que seja cumprido por toda a extensão do Estado. Durante o tempo, nós fomos muito prejudicados. Tava todo mundo abrindo e a gente não, só que agora eu abri três dias, e no terceiro dia aconteceu isso”, finaliza.

Denúncias
Para denunciar uma aglomeração ou irregularidade no funcionamento de um estabelecimento, o contato deve ser feito pelo telefone da Gama, o 153.

Podcast Além da Capa
Americana e região avançaram à fase amarela do Plano São Paulo pela primeira vez. Esse episódio do “Além da Capa” dá o tom do contexto local diante da etapa mais flexível vivida até agora desde o início da quarentena provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

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