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Americana

Flexibilização da economia faz RPT ter o 2º melhor mês em empregos

Em julho, setor de serviços se destacou com a geração de 785 vagas de trabalho; na região, Americana lidera abertura

Por Marina Zanaki

27 de agosto de 2021, às 07h38

O setor de serviços puxou o resultado, com 785 postos, seguido pelo comércio, com 635 - Foto: Marcelo Rocha / O Liberal_27.07.2020

O mês de julho teve o segundo melhor saldo de empregos na RPT (Região do Polo Têxtil), segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), atrás apenas de fevereiro. Foram abertos 1.965 postos de trabalho na soma das cinco cidades.

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Pelo segundo mês consecutivo, o destaque segue para Americana, que responde por 591 vagas. Em Sumaré foram abertos 467 postos, seguida por Santa Bárbara d’Oeste, com 415. Nova Odessa e Hortolândia abriram, respectivamente, 351 e 141 empregos.

O setor de serviços puxou o resultado, com 785 postos, seguido pelo comércio, com 635. A indústria teve saldo positivo de 364 vagas.

Em julho, o horário de funcionamento dos estabelecimentos foi ampliado das 21 horas para as 23 horas, e a capacidade máxima permitida de 40% para 60%.

Essas mudanças impulsionaram a geração de emprego, segundo avaliação da economista Eliane Rosandiski, do Observatório PUC (Pontifícia Universidade Católica) Campinas. Ela destacou que o crescimento foi observado principalmente nos setores de acomodação e alimentação na região.

“É um reflexo das flexibilizações, e provavelmente em agosto terá um retorno ainda maior. O governador João Doria (PSDB) abriu a possibilidade de bares trabalharem com 100% da capacidade em horário normal, tudo isso tem impacto positivo nas contratações”, afirmou a economista.

O perfil das contratações segue principalmente entre jovens de 18 a 24 anos e com ensino médio, um público com salários mais baixos. A economista disse que isso consolida o padrão de contratações que vêm ocorrendo na retomada econômica esse ano.

“O avanço da vacinação para que tenha uma possibilidade de recuperação do emprego é fundamental. O que se questionou durante muito tempo é o quanto estava colocando em risco saúde das pessoas para retomar. Então a retomada vai acontecer, e tomara que se sustente, é isso que a gente no final das contas espera: que esse processo seja sempre inclusivo e não chegue em momento de estagnação”, avaliou Eliane.

“Por ora, estamos vendo uma recomposição quantitativa, mas a sustentação ou continuidade desse crescimento é necessária. Temos um número muito grande de pessoas abertamente desempregadas, uma situação muito complicada, com inflação elevada que come a possibilidade de ganhos dos trabalhadores e à beira de uma crise hídrica, que pode desembocar até em uma crise energética. Tudo isso prejudica muito a atividade econômica, aumenta os custos e é repassado nos preços”, alertou a pesquisadora.

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