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Americana

Fisiculturista é condenado a 11 anos de prisão por ter laboratório de anabolizantes

Homem de 27 anos tinha ainda 30 pés de maconha em casa, no Jardim Boer, o que pode aumentar sua pena

Por Pedro Heiderich

27 de novembro de 2021, às 08h12

O fisiculturista Lucas Laer, de 27 anos, que tinha um laboratório de anabolizantes em sua casa, no Jardim Boer, em Americana, foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado.

Preso preventivamente há um ano e quatro meses, quando o local foi descoberto pela polícia, Lucas pode ter uma pena ainda maior. Pelo fato de manter uma estufa com 30 pés de maconha que foram apreendidos na residência, na ocasião, ele pode pegar mais sete anos de reclusão. Ainda cabe recurso.

Ação da DIG foi realizada ano passado – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Lucas nega o comércio de anabolizantes e o tráfico de drogas, alegando que tudo era apenas para consumo próprio.

A ação ocorreu em 11 de julho do ano passado. Após investigação de mais de um mês, a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana apreendeu 596 ampolas com líquido injetável e 14.370 comprimidos de anabolizantes na casa de Lucas, além de equipamentos para produção.

O laboratório foi descoberto dias depois de a Gama (Guarda Municipal de Americana) prender três pessoas ao averiguar uma denúncia anônima sobre tráfico de medicamentos. Os detidos, que foram liberados, levaram os investigadores até a casa do fisiculturista.

Na época, Lucas disse que vendia os anabolizantes para clientes espalhados pela região, como Piracicaba e Campinas. Ele contou que tinha um faturamento médio de R$ 30 mil por mês. Cada frasco de líquido injetável, por exemplo, custava R$ 100. As vendas eram pela internet e também pessoalmente.

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Na segunda-feira, dia 22, o juiz Eugenio Augusto Clementi Junior, da 2ª Vara de Americana, condenou Lucas a 11 anos em regime fechado.

Ele cita a denúncia do MP (Ministério Público), baseada nas investigações da polícia. O laboratório não possui registros da Vigilância Sanitária.

Eugenio destaca que a casa do fisiculturista no Boer estava adaptada.
A denúncia informa ainda que o imóvel era um local bastante conhecido no meio de atletas, com produtos que tinham os rótulo de “FreakLabs”. O réu confirmou a venda de anabolizantes em academias.

Em depoimento em juízo, o fisiculturista afirmou que os produtos eram apenas para uso pessoal, mas ele revelou que em outras ocasiões vendeu algumas vezes uma grande quantidade para uma academia.

O delegado da DIG, José Donizeti, comemorou a condenação. “Sempre tive apoio da Justiça e do Ministério Público. Esta condenação nos traz satisfação porque foi muito bem conduzida, com apoio da Guarda”, disse ao LIBERAL. Donizeti diz que Lucas faz parte de uma quadrilha.

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