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AMEAÇADO

Filhote de sagui ameaçado de extinção nasce no zoológico de Americana

Casal da espécie Sauim de Coleira deu à luz ao filhote no Parque Ecológico; eles estão ameaçados de extinção

Por Rodrigo Alonso e Natália Velosa

18 de maio de 2020, às 14h20 • Última atualização em 18 de maio de 2020, às 21h08

Um filhote de sagui, da espécie Sauim de Coleira (Saguinus bicolor), nasceu no Parque Ecológico de Americana no mês passado. Os pais deles vieram do zoológico de Bauru e estão em Americana desde 2018. Agora, se revezam nos cuidados com o filhote.

A espécie encontra-se na Lista de Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Ministério do Meio Ambiente, na categoria “criticamente ameaçada de extinção”, devido ao desmatamento e fragmentação da Região Metropolitana de Manaus (AM), seu habitat natural.

“A cidade vai crescendo e vai tendo uma pressão. O ambiente que era só deles, agora, está sendo necessário dividir com os humanos”, disse Silvia Maria de Campos Machado, bióloga do Parque Ecológico.

A espécie é da Amazônia brasileira, vivendo exclusivamente na região de Manaus, pesa 600 gramas e tem um padrão de cor característico, com uma faixa branca de pelos na parte superior do corpo e marrom na parte inferior. São mamíferos e se alimentam de frutos e pequenos invertebrados.

O filhote de Americana nasceu em 19 de abril. No entanto, até hoje não se sabe o sexo dele, porque nenhuma pessoa teve contato com ele ainda e, à distância, não se consegue obter essa informação.

“A gente precisaria pegar para poder avaliar. E não dá para pegar porque isso pode interferir na criação dos próprios pais em relação a esse filhote”, afirmou Silvia.

Segundo ela, o contato com pessoas só deve ser possível quando o filhote tiver maior independência dos pais, daqui, aproximadamente, um mês.

De acordo com Silvia, o zoológico de Bauru abrigava um grupo de Sauim de Coleira na época em que enviou os dois adultos para Americana.

“Eles disponibilizaram para a gente porque tínhamos lugar para colocar. Então, a gente acabou recebendo aqui. Na verdade, é um hábito entre os zoológicos fazer esse tipo de troca de colaboração, para a gente poder ganhar experiência com a espécie e testar determinados manejos diferenciados”, contou.

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