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Americana

Famílias de Americana terão de voltar às creches para recadastro

Segundo a prefeitura, muita gente está com telefone desatualizado ou desistiu da vaga; ideia é dimensionar espera real e as datas não estão definidas

Por George Aravanis

12 de setembro de 2019, às 07h45

As famílias de crianças que estão na fila de espera por vagas em creches municipais de Americana e não conseguirem entrar na rede em 2020 terão de voltar às unidades de ensino para se recadastrar. A Secretaria da Educação vai cancelar a inscrição de quem não comparecer. As datas do recadastramento ainda não estão definidas.

A ideia da prefeitura é saber quem ainda tem interesse real nas vagas e dimensionar o real tamanho da fila de espera, que na semana passada estava em 1.791 crianças. Até então, quem já estava inscrito não precisava refazer o cadastro.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
Na última semana a fila de espera por uma vaga em creche municipal estava em um total de 1.791 crianças

Só que a Secretaria de Educação percebeu que quando entra em contato com as famílias, várias desistiram porque já matricularam a criança na rede particular ou mudaram de cidade, por exemplo. O índice de desistência gira em torno de 10%, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura.
Mas, além dos desistentes, há outro problema: a prefeitura não consegue falar com algumas famílias porque os telefones e endereços estão desatualizados.

“As escolas só percebem estes problemas no ato de chamar a criança para a vaga, por estes motivos expostos que a Secretaria de Educação percebeu a necessidade de fazer um recadastramento das fichas de inscrição para saber o real número de inscritos aguardando na lista de demanda que tem de fato interesse na vaga de creche”, informou a Secretaria de Educação por meio da assessoria de imprensa do governo municipal.

O gerente de loja Mario Franceschini, 34, tenta uma vaga para a filha de 1 ano e 4 meses há pouco mais de um ano. Ela chegou a ser a primeira da fila de espera, quando a irmã mais velha também estava na rede municipal – um dos critérios de prioridade é se a criança já tem um irmão na creche.

Porém, a menina mais velha mudou para uma escola estadual e Mario viu a fila andar na frente da criança menor. Hoje, a menina fica durante o dia com sua mãe, que tem 69 anos e sofre de artrose. “Então pra ela cuidar é perigoso, derrubar a criança, até ela [mãe dele] mesmo cair e se machucar”.

O gerente acha que o recadastramento pode significar uma esperança a mais para quem está de fato à espera, como ele. “Porque se eles vão reavaliar os cadastros que fizeram e desistiram, mais oportunidade pra quem procura”.

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