EDUCAÇÃO
Excluídos de abono, funcionários de escolas protestam em Americana e ameaçam greve
Categoria de agentes de organização, que não parou na pandemia, ameaça uma greve a partir do próximo dia 3
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19 de outubro de 2021, às 07h33 • Última atualização em 19 de outubro de 2021, às 07h44
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/excluidos-de-abono-funcionarios-de-escolas-protestam-em-americana-e-ameacam-greve-1639714/
Excluídos do abono salarial cedido pelo Governo de São Paulo na semana passada, agentes de organização escolar de unidades estaduais protestaram em Americana na tarde desta segunda e ameaçaram entrar em greve no próximo dia 3.
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A categoria, que teria entre 300 e 400 funcionários na região (incluindo Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa), é a única da Educação trabalhando presencialmente desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Mais de trinta agentes de organização escolar cumpriram a jornada de trabalho nesta segunda e foram protestar e protocolar pedido na Diretoria de Ensino, com cartazes pedindo o abono e valorização.
O diretor de ensino da região, professor Haroldo Ramos, atendeu o grupo e prometeu manter contato e repassar os anseios ao Estado.
Vilma Meneghel foi uma das escolhidas para formar comissão dos agentes de organização escolar. Ela explicou ao LIBERAL a situação.
“O abono seria um valor fixo, de R$ 10 mil a 17 mil. Para um agente de organização escolar, que ganha pouco mais de mil reais por mês, é um valor estrondoso”, destaca.
Há três quadros de funcionários considerados pelo Estado. O de magistério (professores, supervisores, diretores e dirigentes), o QAE (Quadro de Apoio Escolar) e QSE (Quadro de Serviços Escolares), que englobam os agentes de organização escolar e não foram contemplados com o abono.
“Somos linha de frente, considerados essenciais desde o início da pandemia, e na hora de dar abono não somos do quadro. É muito injusto”, desabafa a agente.
Presente no protesto, Maria José Quadrado afirma que os agentes de organização escolar sempre foram esquecidos. “Se contar o que já perdemos, seria mais de 250% de reposição, para chegar a um salário de dois mil reais. Parece pouco, mas tiraria a gente do sufoco”, conta.
Maria reforça. “Somos a categoria que mais se expõe dentro da educação, e a única que não vai receber nada”.
Representante da Afuse (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação de São Paulo), Osmar Silva esteve no local. Ele revelou que está marcada assembleia geral em todo o estado para 3 de novembro para decidir se a categoria entra em greve até que receba o abono. “Se for aprovado, vamos parar”, garante.