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Covid-19

Estudo identifica variante britânica do coronavírus em Americana

Variante foi encontrada por pesquisadores da UFMG; não há detalhes do paciente

Por Marina Zanaki

25 de fevereiro de 2021, às 17h53 • Última atualização em 25 de fevereiro de 2021, às 21h23

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) identificou a variante britânica do novo coronavírus (Covid-19) em uma amostra de Americana.

O pesquisador Renan Pedra de Souza, do Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, conversou com o LIBERAL e informou que as amostras são anônimas e não há detalhes sobre o paciente.

Ele explicou que o estudo teve como objetivo detectar a presença da variante britânica, a B.1.1.7. Por meio do levantamento, não é possível afirmar se a linhagem está circulando de forma comunitária nas cidades onde foi identificada e nem qual a frequência dessa circulação.

“Realmente, foi detectado, e existe a possibilidade de ser um caso isolado. A principal mensagem é que essa linhagem não surgiu aqui, veio do exterior para cá, não sei se uma vez, ou várias vezes. Mas a política federal de controle e entrada no País de alguma forma furou, senão o vírus não teria vindo”, disse o professor.

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O estudo foi realizado com 25 amostras que foram coletadas entre 7 e 21 de janeiro em um banco de dados composto por 740 mil exames disponibilizados pelo Instituto Hermes Pardini, em São Paulo.

Foram coletadas amostras que apresentavam uma característica molecular atípica. Trata-se de uma “falha na amplificação do gene S com detecção do gene N”. Todas as 25 amostras com essa característica foram sequenciadas e identificadas como a variante britânica

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“Estudos científicos já sugerem que a linhagem B.1.1.7 é mais transmissível e nossas análises mostraram a sua detecção em estados que ainda não tinham essa confirmação”, esclareceu Renan.

Além de Americana, o estudo detectou a variante em Valinhos, Santos, na capital paulista e em cidades de outros sete estados brasileiros.

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O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da UFMG, junto à Rede Corona-Ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em colaboração o Instituto Hermes Pardini e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Os resultados foram anunciados na terça-feira.

INVESTIGAÇÃO
Americana aguarda resultado de um caso suspeito de variante. Trata-se de uma mulher de 39 anos, moradora da região central e que viajou à Bahia em janeiro. Ela retornou no dia 14 e começou a apresentar sintomas da doença.

A suspeita de variante nesse caso surgiu porque o laboratório particular de Sumaré onde ela fez o exame identificou alteração na análise do RT PCR.

A Prefeitura de Americana foi questionada, mas não confirmou se o caso identificado no estudo se trata da mesma suspeita e nem se já foi notificada desse resultado.

Até esta quinta-feira, a Vigilância Epidemiológica não havia recebido o resultado do exame dessa moradora com investigação para variante. A Secretaria de Estado da Saúde disse que não foi notificada sobre o estudo.

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