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Americana

Estudante de Americana morre por suspeita de meningite

Diagnóstico clínico citou morte pela doença, mas a confirmação virá através da análise de uma amostra de sangue, já enviada para Instituto Adolfo Lutz

Por Leonardo Oliveira

12 de fevereiro de 2020, às 12h19 • Última atualização em 12 de fevereiro de 2020, às 13h38

Uma estudante de 12 anos, de Americana, morreu na madrugada desta terça-feira (11) por suspeita de meningite bacteriana. Thaila Vitória Delafiori chegou a passar por atendimento no Hospital Samaritano de Americana por cinco dias seguidos e estava internada na unidade de Campinas do hospital desde domingo à noite.

Um diagnóstico clínico apontou a doença como a causa do falecimento, mas a confirmação ainda depende de uma análise de amostra de sangue, que será feita pelo Instituto Adolfo Lutz.

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Foto: Arquivo pessoal
Moradora da Vila amorim, Thaila Vitória Delafiori estava internada em Campinas desde a noite de domingo

A família de Thaila questiona o atendimento recebido no hospital. A menina foi levada por cinco dias seguidos ao Samaritano de Americana, mas foi liberada para retornar para casa depois da prescrição de medicamentos, segundo o aposentado Augusto Delafiori, de 75 anos, avô da adolescente.

Somente no domingo ela foi internada e transferida para a unidade de Campinas. Thalia teve morte cerebral ainda no domingo, segundo o avô. Em nota (confira a íntegra abaixo), o Hospital Samaritano afirmou que vai apurar internamente o ocorrido.

Segundo a Prefeitura de Americana, o caso foi apontado como meningite por diagnóstico clínico pelo Hospital Samaritano de Campinas. Só que não foram coletadas amostras específicas para diagnóstico da doença nos hospitais em que a adolescente esteve.

Com base em uma amostra de sangue é que o Instituto Adolfo Lutz tentará identificar o agente patológico e confirmar se a morte ocorreu mesmo por meningite. Se houver a confirmação, será o primeiro caso de 2020 em Americana.

 Thaila estava ansiosa pelo início das aulas, contou avô da adolescente

O aposentado conversou com o LIBERAL na manhã desta quarta-feira (12), logo após o enterro de Thaila, realizado no Cemitério da Saudade, em Americana. Ele contou que a menina era estudiosa e estava ansiosa pelo início das aulas. “Eu estava sempre brincando com ela. Menina esperta, gostava de ir na escola”, disse Augusto.

O dia 3 de fevereiro, justamente quando teriam início as aulas, foi quando Thaila começou a sentir os primeiros sintomas da doença. Com dor de cabeça, febre e sem vontade de comer, ela não conseguiu ir até a escola e foi levada pela primeira vez ao Hospital Samaritano de Americana. Lá, ouviu que os sintomas eram de uma sinusite. O médico prescreveu remédios e a liberou, segundo Augusto.

Com isso, ela voltou para a casa onde morava, na Vila Amorim – que fica no mesmo terreno que o imóvel onde reside o avô. Ainda acometida pelos sintomas, não teve forças para frequentar a escola durante toda a semana.

Familiares a levaram ao mesmo hospital na segunda, terça, quarta, quinta e, por fim, na sexta-feira (7). Em todas as ocasiões, a estudante foi liberada.

No domingo, o quadro se agravou e Thalia não tinha forças nem para sair da cama. Também já não se comunicava com a família. Encaminhada pelos pais novamente ao Samaritano de Americana, desta vez foi internada.

A adolescente foi transferida de Americana para Campinas e teve morte cerebral detectada ainda na noite de domingo, conta o aposentado. “Tentaram recuperar ela, mas não conseguiram”, argumenta.

O avô ainda questiona a demora para transferi-la a outra unidade. Ele diz que demorou cinco horas entre o pedido de transferência e a chegada de uma ambulância para encaminhar a menina até a cidade campineira.

Leia abaixo o posicionamento do Hospital Samaritano sobre o caso

Em consideração aos contatos e questionamentos formulados pela imprensa, o Hospital Samaritano se solidariza com os familiares e lamenta a perda, bem como declara que se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos, sendo que maiores detalhes do atendimento médico serão informados somente às pessoas legalmente competentes e partes relacionadas ao caso, diante do sigilo médico e da proteção à intimidade da paciente.

O Hospital Samaritano também irá apurar, interna corporis, os fatos e comunicará a quem de direito.

Sem mais, o Hospital Samaritano declara que sempre atuará na medicina-hospitalar com desenvolvimento e aprimoramento dos cuidados aos pacientes.

Histórico da doença 

Em 2019, não houve nenhuma morte por meningite em Americana, segundo a prefeitura. Foram três casos notificados de meningite de etiologia viral no mês de janeiro do ano passado, todos evoluíram para cura – no mesmo período deste ano foram quatro notificações, sendo dois de etiologia viral e dois por bactérias.

Já ouviu o Além da Capa, o podcast do LIBERAL?

Confira o episódio desta semana do podcast Além da Capa, que trata sobre a entrega do novo Pronto Socorro do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana. A missão deste episódio é explicar os 11 anos que se passaram entre o anúncio e a entrega da obra:

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