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CORONAVÍRUS

Estado monitora caso suspeito de coronavírus em Americana

Paciente é um menino de 3 anos, com viagem recente à China e está bem; Estado tem sete suspeitos por enquanto, conforme divulgou o governo nesta sexta

Por João Colosalle/Marina Zanaki

31 de janeiro de 2020, às 16h56 • Última atualização em 31 de janeiro de 2020, às 19h05

A Secretaria de Estado da Saúde monitora uma suspeita de coronavírus em Americana. O paciente é uma criança de três anos, do sexo masculino, e que apresenta febre, coriza e dor de garganta e, por ter viagem recente à China, foi classificado como caso suspeito.

A prefeitura esclareceu que, após ter sido notificada sobre o caso, imediatamente “assumiu todos os protocolos necessários para acompanhamento do caso, fez a coleta de Swab de Naso e Orofaringe para envio ao Instituto Adolf Lutz e coletou as informações necessárias para o acompanhamento”.

Foto: Pavel Gwldolovkin / Associated Press / Estadão Conteúdo
Caso suspeito de coronavírus em Americana é de uma criança com quadro de saúde estável

A criança tem quadro bom, está estável e em isolamento domiciliar, sem necessidade de transferência para um hospital.

“A prefeitura reforça ainda que se trata de um caso suspeito e que será acompanhado dentro de todos os protocolos de segurança. É fundamental procurar o serviço de saúde mais próximo se a pessoa apresentar sintomas como febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza, associados aos seguintes aspectos epidemiológicos: histórico de viagem em área com circulação do vírus, contato próximo a caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para coronavírus”, finalizou a administração.

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Além do caso monitorado em Americana, há outros seis pacientes com suspeita da doença no Estado de São Paulo. Até o momento, não há caso confirmado de coronavírus no Brasil. Os dados oficiais estão sendo registrados pelos municípios em um sistema de notificação do Ministério da Saúde. Eventuais novos casos suspeitos ou confirmados, são divulgados diariamente pela Secretaria.

“Entre os casos de São Paulo, são três adultos e uma criança. Os casos do interior são dois adultos, de Santo André e Paulínia, e uma criança de Americana. Todos os casos têm registros de visita à China. Os sete casos suspeitos estão bem, estáveis e recebendo cuidados em casa em isolamento domiciliar, ou seja, com restrição de contatos com pessoas e ambientes externos”, informou o governo.

Entenda o que é o coronavírus

Os familiares dos pacientes considerados suspeitos estão orientados com relação às medidas necessárias para se prevenirem, como uso de máscaras, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos de uso pessoal, bem como sobre os cuidados requeridos para os pacientes, que incluem hidratação e a permanência em casa, sem circulação por outros locais e evitando contato com familiares e amigos, por exemplo.

“O monitoramento está em curso, com organismos internacionais e nacionais de saúde, e nossas equipes seguem acompanhando o tema ininterruptamente para que possamos dar respostas rápidas e efetivas quando necessário”, diz a diretora da Vigilância Epidemiológica, Helena Sato.

Ouça o podcast Além da Capa, do LIBERAL

É fundamental procurar o serviço de saúde mais próximo se a pessoa apresentar sintomas como febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza, associados aos seguintes aspectos epidemiológicos: histórico de viagem em área com circulação do vírus (consulte os sites indicados no final do texto), contato próximo caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para coronavírus.

Foto: Editoria de arte / O Liberal
O vírus pode ficar incubado por duas semanas

Comitê

Nesta sexta-feira, o governo do Estado anunciou criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública Estadual para desenvolver ações preventivas para o coronavírus e medidas para atendimento de casos suspeitos, além da aquisição de kits para diagnosticar a doença.

Na região, o Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas, já anunciou um plano para lidar com as suspeitas da doença.

Investigação e diagnóstico

A investigação dos casos é realizada pelas secretarias municipais de saúde, com todo apoio técnico da pasta estadual. As amostras biológicas dos pacientes são colhidas pelo hospital onde foram atendidos e enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz.

Os exames consistem numa análise que detecte o genoma do vírus, por meio do chamado PCR (sigla em inglês que significa “Reação em cadeia da polimerase”). São feitos a partir da a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz), que deve ser realizado pelo hospital que atendeu o caso suspeito e encaminhado ao laboratório de saúde pública do Estado de São Paulo. Os resultados são comunicados pelo Lutz ao município de residência do paciente, responsável por notificar o descarte ou confirmação do caso.

Veja as dicas de prevenção:
– Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal;
– Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
– Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;
– Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
– Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.

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