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Boas Histórias

Ensino de Robótica completa 10 anos deixando inspiração a alunos do Sesi

Disciplina marca a trajetória de estudantes que passaram pela instituição em Americana na última década, ajudando na colocação no mercado

Por Marina Zanaki

29 de janeiro de 2020, às 10h42

O ensino de robótica no Sesi (Serviço Social da Indústria) de Americana marcou a trajetória dos estudantes que passaram pela instituição na última década. Mais do que oferecer conhecimentos técnicos na área da computação e da engenharia, o projeto desenvolve habilidades interpessoais e um olhar carregado de empatia para a realidade ao redor.

A robótica é oferecida como disciplina aos alunos do 1° ao 5° ano do ensino fundamental desde 2009, mesmo ano em que teve início a equipe Red Habbit, que faz projetos para participação em campeonatos.

A partir deste ano, a presença da robótica como uma matéria foi estendida para os alunos do 6° ano do fundamental até o 1° ano do ensino médio, com ampliação gradual. Assim, até 2022 ela vai alcançar o último ano do ensino médio.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
Equipe Red Habbit com um protótipo (também acima) do projeto que venceu a etapa estadual da First Lego League

Os diferenciais proporcionados pela robótica proporcionam aos alunos boas colocações no mercado de trabalho já em seus primeiros empregos.

A analista de teste Bianca Araújo Marcelo, de 19 anos, avalia que os diferenciais proporcionados pela robótica foram importantes já em sua primeira entrevista de emprego.

Quando era estudante do Sesi, Bianca participou da etapa mundial do campeonato First Lego League em duas ocasiões. Na segunda, em 2018, a equipe de Americana foi campeã mundial com um projeto que propunha um sistema de controle de hidratação de idosos, voltado a instituições de longa permanência.

“Foi um sonho (vencer o mundial), e todo mundo estava aprendendo junto. Desenvolvi muita coisa que aprendi na robótica, organização, trabalhar com metodologia, motivar o grupo, ajudar um ao outro, fora os conhecimentos técnicos”, observa Bianca, que na época também cursava técnico em informática no Senai.

Recentemente, ela foi chamada para trabalhar em uma empresa localizada em Limeira como analista de teste de software, e está cursando faculdade na área.

A estudante Luisa Beatriz Dozelli, de 14 anos, faz parte da atual equipe de robótica do Sesi de Americana. Ela conta que, por conta do projeto, é instigada a buscar novos aprendizados em áreas variadas.

“A robótica traz diversas coisas, primeiramente nosso trabalho em equipe, algo que hoje faz muita diferença em um currículo. Também aprendemos conceitos de engenharia, de computação”, destaca a estudante.

Luisa é a idealizadora do projeto com o qual a equipe venceu a etapa estadual da First Lego League, em dezembro, e que vai disputar o campeonato nacional em março. Através do contato com estudantes do Sesi que possuem alguma deficiência, a estudante identificou que um entrave para a acessibilidade é a autonomia no simples ato de abrir e fechar portas.

A dificuldade provoca constrangimento aos estudantes quando se refere à porta do banheiro. Luisa, então, propôs um projeto de automatização das portas, com uma chave que libera o dispositivo quando aproximada da fechadura. A ideia encaixou-se na temática desta edição da First Lego League, sobre cidades inteligentes.

Técnico da equipe, Denis Rodrigo Santana diz que, além dos conhecimentos técnicos, a robótica proporciona um olhar atento à realidade que cerca o estudante, e que os alunos conseguem rápida colocação no mercado de trabalho.

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