17 de abril de 2024 Atualizado 23:47

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Covid-19

Enfermaria de Covid-19 do HM tem 100% dos leitos ocupados

Todos os 18 leitos estão ocupados; há ainda 10 pacientes em leitos com respiradores

Por Marina Zanaki

13 de janeiro de 2021, às 19h34 • Última atualização em 13 de janeiro de 2021, às 20h09

A enfermaria de Covid-19 do Hospital Municipal de Americana tem lotação máxima nesta quarta-feira (13). Todos os 18 leitos disponíveis estão ocupados. Essa ala inclui leitos simples para pacientes com gravidade moderada da doença.

Os respiradores no HM também têm alta taxa de ocupação. Os 10 leitos da chamada UTI Covid estão ocupados – o hospital ainda conta com outros sete respiradores que podem ser utilizados. No total, os respiradores têm 57% de ocupação.

Secretário de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira disse que se, chegar ao limite de ocupação de leitos com respiradores, o município vai ampliar a capacidade. Contudo, ele lembrou que a melhor forma de se evitar esse cenário é o respeito ao distanciamento social e às regras sanitárias.

“Se acontecer de chegar ao limite teremos que ter uma estratégia de ampliação. Contamos com a população que mantenha o distanciamento social, porque nossos índices estão ficando alarmantes. O município não vai deixar ninguém morrer por falta de respirador, e o que mais se pode fazer para evitar é que as pessoas se conscientizem”, disse.

“Se a situação ficar crítica, tomaremos as medidas necessárias para que a população não seja desassistida”, garantiu o secretário.

Particular
No Hospital São Lucas, a taxa de ocupação de leitos é de 40% com respiradores (de 10 no total, 4 estão ocupados) e 18% sem respiradores (de 17 no total, 3 estão ocupados).

No Hospital São Francisco, a taxa é de 47% de leitos com respiradores (de 15 no total, 7 estão ocupados) e de 17% sem respiradores (de 18 no total, 3 estão ocupados).

No Hospital Unimed, a taxa é de 50% de leitos com respiradores (de 14 no total, 7 estão ocupados) e de 39% de leitos sem respiradores (de 18 no total, 7 estão ocupados).

A taxa geral do município, que inclui a rede pública e privada, tem metade dos leitos com respiradores ocupados (de 56 no total, 28 estão ocupados) e ocupação de 44% dos leitos sem respiradores (de 71 no geral, 31 estão ocupados).

Pressão
As altas taxas de ocupação de leitos ocorrem a nível regional. Em Campinas, por exemplo, o Hospital das Clínicas da Unicamp tem todos os 17 leitos de UTI ocupados esta semana. O hospital é referência para cidades da região.

No Departamento Regional de Saúde de Campinas, a ocupação de leitos de UTI está no limite da fase amarela do Plano São Paulo. Segundo dados do Governo de São Paulo, 69% dos leitos intensivos estão ocupados – o limite para passar à fase laranja é de 70%.

“O aumento de internações observado nesta semana provavelmente começa a refletir as exposições ocorridas nesse período de Natal também, pois se encaixa justamente nessa faixa de tempo de duas semanas”, avaliou o infectologista André Giglio Bueno, integrante do grupo de pesquisa do Observatório da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas.

“Ou seja, os reflexos das exposições ocorridas no período da virada de ano provavelmente ainda não estão representados nestes últimos dados. Fato extremamente preocupante, já que as pressões sobre o sistema de saúde são grandes”, disse o médico.

Publicidade