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Americana

Enfermagem soma 56% dos infectados entre profissionais

382 moradores de Americana profissionais de saúde se infectaram, e dois faleceram

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16 de janeiro de 2021, às 08h50 • Última atualização em 16 de janeiro de 2021, às 08h51

Mais da metade dos profissionais de saúde infectados pelo novo coronavírus (Covid-19) em Americana é da área da enfermagem.

Segundo informações levantadas pela prefeitura a pedido do LIBERAL, do total de 382 moradores da cidade que atuam na área da saúde e se contaminaram, 215 eram enfermeiros, técnicos ou auxiliares de enfermagem, ou 56%.

Entre médicos, foram 37 contaminados. Os demais profissionais que contraíram a Covid-19 incluem biólogos, biomédicos, psicólogos, fisioterapeutas, dentistas, auxiliares de dentista e profissionais que atuam diretamente em unidades de saúde.

Paulo Marcondes faleceu no último dia 7, aos 69 anos – Foto: Reprodução / Facebook

Dois profissionais da saúde que moravam na cidade foram mortos pela Covid-19. O caso mais recente foi do médico anestesista e diretor clínico do Hospital Municipal de Americana, Paulo Marcondes. Ele faleceu no último dia 7, aos 69 anos.

O enfermeiro Renan Daniel do Prado foi morto aos 31 anos pela pandemia, em maio.

Em Sumaré, 655 moradores que atuam na área da saúde contraíram o coronavírus. A prefeitura não informou se foram registrados óbitos entre a categoria.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Nova Odessa, 60 profissionais de saúde já tiveram a contaminação pelo novo coronavírus notificada na cidade. Nesse levantamento, constam moradores da cidade que atuam na área da saúde e residentes em outros municípios, mas que trabalham em Nova Odessa. A prefeitura também não informou se registrou óbitos.

Hortolândia disse que, em respeito aos profissionais, não iria divulgar o dado. Santa Bárbara d’Oeste não respondeu.

Presidente do Sinsaúde Campinas e Região, sindicato que representa os trabalhadores do setor, Sofia Rodrigues do Nascimento disse que a sobrecarga de trabalho é um dos fatores que aumenta o risco de contaminação dos técnicos.

“Consideramos que ainda é falha a distribuição EPIs (equipamentos de proteção individual) e os treinamentos necessários para utilização com segurança. Além disso, a sobrecarga de trabalho causada por falta de funcionários abala o funcionamento do hospital, aumentando os riscos de contaminação”, declarou a presidente.

O Sinsaúde defende a realização de testagem periódica entre os profissionais de saúde. Desde o início da pandemia, o sindicato entrou com diversas ações na Justiça pedindo o cumprimento dessa medida, assim como afastamento dos contaminados e dos funcionários que são grupo de risco da doença.

“Os profissionais da saúde são linha de frente no combate à Covid-19 e a outras doenças infectocontagiosas presentes em ambientes hospitalares. Estão em contato direto com os pacientes e estão sujeitos a este tipo de contaminação”, finalizou Sofia.

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