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Empresa de apostas online vai investir R$ 10 milhões em nova sede em Americana
Expectativa é que sejam criados 70 empregos diretos e 140 indiretos, com faturamento anual estimado em R$ 25 milhões
Por Gabriel Pitor
31 de julho de 2024, às 20h02 • Última atualização em 01 de agosto de 2024, às 08h42
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/empresa-de-apostas-online-vai-investir-r-10-milhoes-em-nova-sede-em-americana-2223218/
A empresa de apostas online Big Brazil Tecnologia e Loteria, que atualmente está alocada em São Paulo, vai investir R$ 10 milhões em uma nova sede na Avenida Nossa Senhora de Fátima, na Vila Israel, em Americana. A expectativa é que sejam criados 70 empregos diretos e 140 indiretos, com faturamento anual estimado em R$ 25 milhões.
Segundo apurou o LIBERAL, o projeto já foi aprovado pela prefeitura, mas também depende da instituição ser habilitada pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, do governo federal, para operar nacionalmente no mercado de apostas.
Nesta quarta (31) foi publicado no Diário Oficial de Americana um decreto que fixa em 2% a alíquota do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) – a menor possível – à Big Brazil. Essa é a menor porcentagem possível a ser cobrada sobre os serviços da empresa.
A reportagem apurou que a prefeitura espera arrecadar R$ 500 mil por ano com o imposto, o que ajudaria no desenvolvimento do município.
Já a solicitação de habilitação ao órgão federal foi realizada no último dia 26 e, se aprovada, a companhia poderá atuar no ramo assim como empresas como Betano, Superbet, Rei do Pitaco e Sportingbet.
“Nós somos de Americana. Quando você faz um projeto que é online, virtual, tanto faz onde você está instalado, porque o tipo de infraestrutura é diferente de um negócio físico. Americana tem uma infraestrutura muito boa em tecnologia para instalar uma bet e tem a vantagem da qualidade e do custo de vida, com profissionais qualificados na área de TI (Tecnologia de Informação)”, disse André Feldman, CEO da Big Brazil.
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“A gente queria montar esse projeto em São Paulo, onde empresas dessa área pagam 2% de ISSQN. Lá é lei. Aqui ainda não tem essa lei, mas conseguimos por meio do Promaie [Programa de Incentivo ao Investimento Empresarial] esse benefício”, completou.
Ainda de acordo com Feldman, a intenção da empresa, que atualmente gerencia um mundial de pôquer no Rio de Janeiro, é atuar em duas frentes: a primeira em licitações de loterias criadas por municípios e estados — regulamentadas pelo governo federal neste ano — e condidas à iniciativa privada.
A segunda em um projeto próprio, com criação de aplicativo para apostas. Em ambas as situações as pessoas poderão apostar em competições esportivas.
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No caso do aplicativo próprio será necessária a aprovação do ministério para atuar nacionalmente. Segundo Feldman, se isso não acontecer, a empresa seguirá participando do gerenciamento de loterias vinculadas a órgãos públicos.
Mas, caso seja habilitada, a Big Brazil tem o licenciamento para operar a marca norte-americana Caesars Sportsbook, portanto, este deverá ser o nome utilizado pela bet no País. A Caesars já funciona na área de apostas esportivas nos Estados Unidos e pertence a um conglomerado que gerencia cassinos e hotéis.
Na semana passada, a empresa realizou uma prova da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), buscando já iniciar as suas atividades no Estado do Rio de Janeiro, o que deverá acontecer em outubro deste ano. A oficialização da contratação se dará no dia 8 de agosto.
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“A gente vai participar dos processos de contratação de todas as loterias municipais e estaduais. Inclusive, a gente está tentando convencer a Prefeitura de Americana fazer a sua própria loteria”, apontou Feldman.
Em Americana funcionará a central da companhia, em um prédio empresarial na Avenida Nossa Senhora de Fátima. O local deverá ter 303 m² e contará com setores de tecnologia, call center, atendimento ao cliente e financeiro, sendo que a estrutura deverá ser montada em até 12 meses – embora a intenção é que esteja pronta ainda neste ano.
A expectativa é de geração de 70 empregos diretos, com média salarial de R$ 5 mil, e 140 indiretos. Os profissionais deverão atuar nas áreas de TI (Tecnologia da Informação), comunicação e financeira. O faturamento previsto é de R$ 25 milhões, por ano.