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Crimes

Em um mês, homicídios de Americana batem metade de 2019

Quatro pessoas foram assassinadas em Americana no primeiro mês deste ano

Por George Aravanis

27 de fevereiro de 2020, às 09h05 • Última atualização em 27 de fevereiro de 2020, às 09h12

Só em janeiro deste ano, Americana registrou quatro homicídios dolosos (com intenção de matar), metade dos oito assassinatos ocorridos em todo o ano passado. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira pela SSP (Secretaria de Segurança Pública).

Em relação a janeiro do ano passado, a alta é de 300% – naquele mês, houve um homicídio na cidade. A escalada das mortes violentas em Americana vai na contramão do Estado e da região.

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Ao menos dois dos casos continuam sem solução, apurou o LIBERAL. O suspeito de um dos homicídios foi identificado, mas não preso. O caso foi registrado em janeiro, mas a vítima, um morador de rua, foi atacada a pauladas no dia 30 de dezembro por um colega. Ambos viviam sob um viaduto da Rodovia Anhanguera (SP-330), no Jardim Brasil.

A discussão entre os dois teve início após uma brincadeira do suspeito, que teria puxado o cobertor de Adriano Cezar Mateus, de 39 anos.

Ele não gostou e reclamou. Depois de dormir, foi atacado com várias pauladas na cabeça e morreu no dia 5 de janeiro, no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi.

O delegado José Donizeti de Melo, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), ouviu testemunhas e identificou o suspeito, de 57 anos, que sumiu após o crime. O delegado pediu à Justiça a prisão preventiva do homem. A decisão ainda não saiu, segundo Melo.

Outros três casos foram registrados na região do Pós-Represa. Ao menos dois deles ainda não foram esclarecidos. Os crimes eram apurados pelo delegado Fernando Fincatti Periolo, que encaminhou os trabalhos à DIG, uma delegacia especializada.

Questionada a qual razão a polícia atribui o número de assassinatos no mês, a SSP informou apenas que todos os homicídios são devidamente investigados.

A assessoria de imprensa da secretaria enviou nota em que diz que todos os índices de criminalidade são analisados mensalmente para orientar o trabalho das polícias. “O trabalho policial na cidade de Americana resultou em 49 pessoas detidas em flagrante, em janeiro”.

Na RPT (Região do Polo Têxtil), com exceção de Americana, houve somente um homicídio, registrado em Sumaré – mesmo assim, a cidade teve queda em relação ao janeiro de 2019, quando aconteceram duas mortes.

Em Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa e Hortolândia, ninguém foi assassinado em janeiro deste ano, segundo a SSP. Em janeiro de 2019, houve um homicídio em solo barbarense, e nenhum nas outras duas cidades.

No Estado, foram 276 vítimas em janeiro, ante 284 no mesmo mês de 2019 – queda de 2,8%.

Os casos contabilizados em janeiro em Americana:

5.jan

Adriano Cezar Mateus, de 39 anos, conhecido como Fininho, morre no Hospital Municipal após ter sido alvo de ataque a pauladas em 30 de dezembro, debaixo do viaduto do Jardim Brasil. Motivo foi uma brincadeira do agressor, também morador de rua, que teria puxado o cobertor da vítima. Polícia identificou suspeito e já pediu sua prisão, ainda não concedida pela Justiça.

6.jan

Corpo carbonizado e em estado de decomposição, com faca cravada perto do coração, é encontrado em mata ciliar perto do Museu do Salto Grande, na área do Pós-Represa, em Americana. Vítima não foi identificada. Caso ainda não foi esclarecido e será apurado pela DIG.

22.jan

O pedreiro Paulo Antonio de Oliveira, de 54 anos, é encontrado com mãos e pés amarrados em canavial na Estrada Ivo Macris. Havia perfurações na cabeça. A polícia acredita que ele tenha sido morto a tiros. Ainda não esclarecido, o caso foi enviado à DIG para investigação.

31.jan

Juliano de Moraes de Oliveira, de 30 anos, é morto na Estrada Ivo Macris quando passava de moto pelo local, após sair do assentamento Milton Santos. Discussão com vizinho pode ter sido a causa. Homem que estava na garupa contou que dias antes Juliano pegou capim por fora da cerca do vizinho e que isso teria gerado uma discussão. Na ocasião, o vizinho teria disparado em Juliano seis vezes, sem acertá-lo.

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