25 de abril de 2024 Atualizado 10:42

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Problemas na saúde

Em reunião, sindicato pede qualificação de médicos do HM

Entidade diz que, na última semana, maioria dos profissionais não tinha preparo para intubar pacientes

Por Rodrigo Alonso

21 de julho de 2020, às 08h37 • Última atualização em 21 de julho de 2020, às 11h03

Em reunião com a direção do HM (Hospital Municipal) Dr. Waldemar Tebaldi, o SSPMA (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Americana) cobrou qualificação dos médicos que atuam na unidade semi-intensiva. O encontro aconteceu nesta segunda-feira.

Diretora do sindicato, Isabel Santos apontou que, na última semana, a maioria dos profissionais da unidade não tinha preparo necessário para intubar pacientes.

A situação do HM também será averiguada pela Polícia Civil – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Conforme o LIBERAL noticiou no último domingo, funcionários do HM denunciaram que, na semana passada, não havia médicos atendendo na ala semi-intensiva, reservada para casos graves de Covid-19.

Isabel disse ter confirmado esse problema em visita ao hospital. Diante disso, foi marcada a reunião desta segunda. Os problemas também motivaram a troca da empresa que faz a escala dos médicos para a unidade semi-intensiva e para o Pronto Atendimento Covid-19.

A nova contratada, Hygea, começou a desempenhar a função nesta segunda-feira. De acordo com a prefeitura, “uma equipe de 32 médicos já foi mobilizada para garantir os plantões de cinco médicos por turno”.

A administração ainda diz que “uma equipe de quatro médicos coordenadores e um enfermeiro com expertise no atendimento aos casos de Covid-19 foi deslocada até o município”.

Isabel afirmou ter exigido, no encontro com a direção do HM, que os profissionais tenham formação como intensivistas ou recebam um treinamento para fazer os procedimentos necessários.

A situação do HM também será averiguada pela Polícia Civil, em virtude de um boletim de ocorrência registrado na última sexta por uma técnica de enfermagem do hospital. No registro, ela relata que, nesse dia, havia somente três técnicos para atender oito pacientes em estado crítico na ala semi-intensiva.

A prefeitura aponta que “houve a entrega de um atestado médico por um funcionário da enfermagem, reduzindo assim o efetivo, redução que foi solucionada através de realocação de funcionários”.

Vicente Simioni morreu no HM às 6h10 de sábado, mas família diz que foi avisada só 13h45 – Foto: Divulgação

Demora
No último sábado, Vicente Pedro Simioni, de 88 anos, morreu com Covid-19 na unidade semi-intensiva, às 6h10. A família, no entanto, reclama que foi comunicada sobre o óbito apenas às 13h45.

Segundo a administração municipal, a demora ocorreu “devido a intercorrências no Pronto Atendimento Covid-19”.

Neta de Vicente, Lyriam Simioni relatou que, a cada dia, um médico diferente acompanhava o quadro de seu avô. “Não tem continuidade”, protestou. A prefeitura argumentou que o prontuário dos pacientes é preenchido pelos médicos e pode ser consultado pelos outros profissionais.

De acordo com o Executivo, Vicente teve confirmação para coronavírus no último dia 9, quando saiu o resultado do exame feito pelo Instituto Adolfo Lutz. Contudo, Lyriam disse que a família não teve acesso a essa informação.

Podcast Além da Capa
Nem mesmo a regressão de Americana e região para a fase vermelha do Plano São Paulo é capaz de resolver o problema da lotação de ônibus do transporte público em horários de pico. A teoria de que menos gente estaria em circulação não se confirma na prática. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter Leonardo Oliveira e apresenta reflexos regionais desse assunto.

Publicidade