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Abastecimento

Em meio à pandemia e a calor recorde, bairros ficam sem água em Americana

Relatos de falta de abastecimento se acumulam ao longo dos últimos dias; condições climáticas afetam consumo, diz DAE

Por Heitor Carvalho

15 de setembro de 2020, às 07h29 • Última atualização em 15 de setembro de 2020, às 08h52

Moradores de Americana enviaram ao LIBERAL reclamações sobre problemas frequentes de falta de água em suas casas nas últimas semanas. Os relatos ocorrem em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e ao calor recorde na região

Residentes de ao menos dez bairros enviaram questionamentos. São relatos do São Jerônimo, Vila Bertini, Jardim Ipiranga, Frezzarim, Residencial Jaguari, Jardim Boer, Zanaga e todo o Pós-Anhanguera.

A dona de casa Luciane Cristina Balduino Gotardi, 42 anos, mora no São Jerônimo há 15 anos e relata que os problemas de falta de água em sua residência são históricos.

Dona de casa Luciane Gotardi com as torneiras secas no São Jerônimo – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal.JPG

“Aqui é comum. Falta água no inverno, no verão, quando chove e quando não chove. Eu não sei o que acontece. Não adianta eles virem falar que estamos em uma época de estiagem, porque se fosse só agora eu nem estaria reclamando”, disse.

Gotardi explicou que, quando tenta fazer uma reclamação formal, não consegue uma resposta satisfatória.

“No começo ainda atendiam, mas diziam que não constava nenhuma reclamação aqui da região e que mandariam uma equipe verificar, o que não ocorria. Já tentei no WhatsApp e nas redes sociais, mas, quando consigo alguma resposta, são as mesmas de sempre”.

O analista de infraestrutura de TI, Maurício Marques Corniani, 33 anos, é outro morador do São Jerônimo bastante insatisfeito.

“A falta de água ocorre em vários dias da semana e isso já vem acontecendo há muito tempo. Acaba logo cedo, geralmente ainda antes do almoço.”

Gilson Longo, 37 anos, trabalha como autônomo e mora no Frezzarin. Ele relata que também sofre constantemente com o problema de desabastecimento.

“Falta água todo dia. E quando a água vem ela está sem pressão para subir na caixa. Nós temos que fazer uma gambiarra de encher uma piscina para poder jogar água para dentro de casa. A única coisa que o DAE diz é que o reservatório está baixo”, afirma.

O problema da falta de pressão da água foi relatado por Edileusa Xavier, 50 anos, que também mora no São Jerônimo há um ano e disse que teve que fazer um reservatório improvisado em seu apartamento.

“Eu pedi para o meu sogro um galão para colocar na sacada e reservar um pouco de água para quando faltar”, lamenta.

O LIBERAL questionou a assessoria de imprensa do DAE (Departamento de Água e Esgoto) sobre qual é a posição sobre essas reclamações, qual o motivo da falta de água e se há alguma previsão de normalização do serviço.

Em nota, a autarquia disse que “a falta de água está ocorrendo em algumas regiões em função das condições climáticas atuais, que têm levado ao aumento significativo de consumo.”

Na semana passada, o LIBERAL entrevistou Carlos Cesar Gimenez Zappia, superintendente do DAE, sobre os problemas de falta de água.

Em resposta, além do alto consumo por conta do calor, Zappia disse que a distribuição em algumas regiões tem sido afetada por conta de intervenções na rede e que as obras deveriam ser concluídas no início desta semana.

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