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VÍRUS E BACTÉRIAS

Em dois meses, Americana tem 12 casos de meningite

Número de casos já é um terço do que foi registrado em todo o ano passado; segundo a Prefeitura de Americana, casos não estão relacionados entre si

Por Marina Zanaki

11 de março de 2020, às 08h03 • Última atualização em 11 de março de 2020, às 09h20

Desde o início do ano, Americana já teve 12 casos de meningite. O número representa um terço do quanto foi registrado em todo o ano passado, quando 33 pessoas se infectaram com a doença. Em fevereiro, uma menina de 12 anos morreu por causa da doença, de origem bacteriana. Não houve mortes relacionadas à meningite em 2019.

A notificação mais recente foi registrada nesta segunda-feira (9), com um caso de meningite viral. A Vigilância Epidemiológica informou que os registros não estão relacionados entre si.

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Foto: Editoria de arte / O Liberal
Confira os sintomas da meningite

As notificações foram feitas nos bairros Vila Amorim, Jardim Bertoni, Jardim Ipiranga, Chácara Machadinho, Jardim Boer, Jardim Terramérica, Morada do Sol, Parque das Nações, Vale das Nogueiras e Parque Universitário (dois casos).

Quando foi registrada a morte da estudante Thaila Vitória Delafiori, em 11 de fevereiro, a cidade tinha registrado quatro casos. As outras oito notificações ocorreram em um período de um mês.

“Para o órgão municipal, os números não são considerados preocupantes, já que esse aumento pode estar relacionado com a sensibilidade dos serviços suspeitarem a doença e os picos de queda de temperatura que vem ocorrendo, fazendo com que as pessoas fiquem mais aglomeradas, facilitando a transmissão”, explicou a vigilância.

Dos 12 casos, três foram provocados por bactérias. Esse microorganismo provoca a doença em sua forma mais grave. Já os outros nove casos foram classificados como meningite “asséptica”, categoria que inclui todas as outras causas da doença – a mais comum é a viral.

Sazonalidade

O médico Rogério de Jesus Pedro, infectologista do Hospital Vera Cruz e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic, considerou que os números de Americana estão dentro da normalidade.

Ele explicou que a circulação da meningite bacteriana acaba sofrendo uma sazonalidade e concentrando-se nos meses de junho a agosto, quando as temperaturas caem. Isso ocorre porque sua transmissão é por meio das vias aéreas e, nos períodos frios, as pessoas tendem a ficar mais aglomeradas e em ambientes fechados.

Já a meningite viral pode ser provocada por agentes da família dos enterovírus, que por sua vez são mais comuns nos meses quentes.

“As crianças pagam um tributo maior à meningite, há maior incidência porque elas têm mais contato próximo e mais infecções causadas por vírus. Então os pais devem ficar atentos e procurar um pronto-socorro”, alertou o médico. Os principais sintomas da doença são dor de cabeça, febre e vômito.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

A edição desta semana do podcast “Além da Capa” aborda a substituição da mão de obra de pessoas mais velhas por outras mais novas na RPT (Região do Polo Têxtil), em 2019. Ouça:

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