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Americana

Em Americana, escolas fazem alerta a pais e alunos sobre série Round 6

Série vem chamando a atenção de crianças e jovens, mas apresenta conteúdo com cenas de violência explícita

Por Ana Carolina Leal

19 de outubro de 2021, às 07h49 • Última atualização em 19 de outubro de 2021, às 07h50

Produção envolve desafios baseados em brincadeiras de crianças e quem não atingir o objetivo final é assassinado - Foto: Noh Juhan - Netflix

Os colégios Dom Bosco e Americana fizeram um alerta aos pais e alunos a respeito da série sul-coreana Round 6, da plataforma de streaming Netflix. Com classificação indicativa de 16 anos, a produção, uma das mais assistidas da história do serviço, envolve desafios baseados em brincadeiras de crianças e quem não atingir o objetivo final é assassinado.

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Segundo a diretora pedagógica do Dom Bosco, Patricia Albieri Guidolin, no caso do colégio o alerta foi preventivo. “O comunicado veio também como uma preocupação da Rede Salesiana Brasil de Escolas”, disse.

No documento enviado aos pais, a rede diz que uma das grandes preocupações é a facilidade com que as crianças têm acesso a esses canais. A carta também orienta, caso as crianças ou adolescentes demonstrem interesse em assistir a série, que sejam acompanhadas dos pais ou responsáveis e que sejam promovidos diálogos educativos.

No Colégio Americana, a diretora Adriane Santarosa dos Santos disse que foi necessário conversar com os alunos do ensino fundamental, com idade entre 11 e 12 anos.

“Retomar a importância das atitudes de empatia, de respeito, de convivência saudável com os colegas, além da necessidade de seguir a indicação de classificação de idade da programação”, afirmou.

A série virou motivo de preocupação por conter violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, cenas de sexos, entre outros conteúdos.

Especialista em análise de perfil e neurociência comportamental, Stella Azulay afirma que crianças e adolescentes são indivíduos que estão em pleno desenvolvimento neuropsicomotor, cuja estrutura cerebral pode ser afetada, provocando disfunção no sistema neurológico e endocrinológico, podendo gerar danos irreversíveis.

“Ou seja, assistir a este tipo de série exige uma estrutura emocional e uma maturidade que grande parte dessa geração não tem”, afirmou.

Para a especialista, proibir não é o caminho. “Falta preparo por parte dos pais no sentido não só de orientar, mas, principalmente, de monitorar e acompanhar o que seus filhos assistem e fazem. É fundamental ter diálogo, impor limites e ter consciência da responsabilidade que é criar jovens nos dias de hoje”.

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