ESTATÍSTICA
Em Americana, Covid matou 73 pessoas na faixa dos 40 anos
Os detalhes de cada caso fatal são divulgados diariamente em boletins da prefeitura, sem revelar a identidade dos pacientes
Por Ana Carolina Leal
24 de junho de 2021, às 06h26 • Última atualização em 24 de junho de 2021, às 07h51
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/em-americana-covid-matou-73-pessoas-na-faixa-dos-40-anos-1547525/
A pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) segue rejuvenescendo o perfil de vítimas em Americana. Levantamento feito pelo LIBERAL com base nos dados da Vigilância Epidemiológica do município revela que desde o início da pandemia, em março do ano passado, 73 pessoas na faixa dos 40 anos perderam a vida em decorrência da doença.
Do total de mortes nesta faixa etária, 48 ocorreram entre março e este mês. “Esse é um reflexo claro da proteção da vacina para as faixas etárias que já tomaram duas doses”, afirmou André Giglio Bueno, infectologista e membro do Observatório da PUC-Campinas.
A reportagem analisou a data de morte e a idade das 643 vítimas do coronavírus na cidade desde o início da pandemia. Os detalhes de cada caso fatal são divulgados diariamente em boletins da prefeitura, sem revelar a identidade dos pacientes. Até esta quarta-feira, o município somava 21.734 casos positivos da doença.
Na proporção entre as vítimas, a idade também tem ganhado espaço. Entre março e abril, as pessoas que morreram em decorrência da doença e tinham entre 40 e 49 anos, representavam 10 e 13% dos óbitos na cidade, respectivamente. Em maio e junho, passou a representar 16 e 18%.
“Esse resultado é com certeza por conta da proteção da vacina das faixas etárias que já foram vacinadas. Conforme vai aumentando a proteção, o percentual de vacinados com duas doses dessas faixas etárias mais elevadas, vai empurrando as internações para as faixas etárias menores”, explicou o infectologista.
Segundo o médico, a proporção entre as vítimas da faixa dos 40 anos aumentou porque tem mais gente protegida de outras idades mais elevadas. “ E não seria esperado ter pessoas mais jovens ainda porque já está claro que o principal fator de risco para agravamento da doença é a faixa etária”.
André afirmou ainda que na medida que aumenta a proteção de faixas etárias mais elevadas, ocorre uma proporção maior de pessoas mais jovens sendo internadas, que são aquelas que ainda não foram imunizadas. “Vai sendo uma coisa progressiva”.