Americana tem presenciado, em determinadas regiões, uma redução na demanda por vagas na rede municipal de ensino. Em contrapartida, em outras localidades, a procura tem aumentado. Diante desse cenário, a distribuição de vagas entre as unidades se tornou um desafio para a Secretaria de Educação.

“O grande desafio hoje, e a nossa equipe também tem se debruçado sobre isso, é conseguir fazer essa engenharia de levar as vagas para onde tem essa necessidade”, afirmou o secretário Vinicius Ghizini na última quinta-feira, durante participação ao vivo no Liberal no Ar, programa transmitido pela Rádio Clube (AM 580).

Ele ressaltou que a pasta consegue atender todas as crianças da cidade atualmente, mas, como existe um desequilíbrio entre a oferta e a demanda, nem sempre as vagas estão próximas à moradia das famílias.

“Se fôssemos pegar o número de vagas que existem no município e o número de crianças a serem atendidas, nós atenderíamos todas e teríamos uma folga de mais de 300”, comentou.

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De acordo com o secretário, não há demanda reprimida. Pelo contrário. Existem vagas abertas no ensino infantil em regiões como Cidade Jardim, São Jerônimo, Jardim Ipiranga, Praia Azul e Zanaga. A matrícula ocorre mediante inscrição.

Conforme dados revelados pela secretaria, na última inscrição para vagas em creches, realizada em setembro de 2021, as regiões com maior quantidade de inscritos foram Cidade Jardim (14,12% do total), São Luiz (10%), Praia Azul (9,31%), São Jerônimo (7,94%) e São Domingos (6,37%).

Por outro lado, as localidades onde houve menor número são Frezzarin (1,67%), São Roque (2,06%), Parque Gramado (2,16%), Centro (3,24%) e São Manoel (3,73%).

“Hoje, nós temos centenas de vagas de creches ociosas em algumas regiões, ao passo que teve outras regiões onde houve aumento de projetos habitacionais, onde tem loteamentos, com novas famílias, que têm uma demanda que aumentou”, declarou Ghizini.

Segundo ele, a secretaria estuda uma solução para esse problema de desequilíbrio.

Porém, a pasta já adota ações momentâneas, como o atendimento de crianças em entidades filantrópicas conveniadas à prefeitura e o programa Creche para Todos, que possibilita a compra de vagas em escolas privadas.

“É mais rápido o processo de abertura de vagas nessas regiões por esses entes parceiros do que pela prefeitura, que exige toda a logística, os prazos. É o que nós estamos tentando e tem sido bem-sucedido”, disse.