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conveniadas

Despesas de fim de ano levam preocupação a creches de Americana

Repasses da administração às escolas particulares e também filantrópicas foi reduzido desde o início da pandemia

Por Marina Zanaki

01 de outubro de 2020, às 09h05 • Última atualização em 01 de outubro de 2020, às 19h34

As creches conveniadas à Secretaria de Educação de Americana expressaram preocupação nesta quarta com o pagamento do 13º salário, férias e o fim das suspensões de contratos com funcionários.

 Paulo Zanini, presidente da creche Centro de Orientação Humana São Domingos, disse que não tem provisão para 13º salário – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal.JPG

O motivo é que os repasses da administração às escolas particulares e também filantrópicas foi reduzido desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), além da queda em receitas como contribuições voluntárias e eventos.

Secretária de Educação de Americana, Evelene Ponce Medina disse que a pasta está atenta à situação das creches e garantiu que, caso não haja renovação da suspensão dos contratos, o valor dos repasses deve aumentar.

“Já conversei com o prefeito, e se governo federal suspender essa possibilidade de continuidade da parceira nos contratos, a gente vai aumentar o repasse”, declarou.

Presidente da creche Centro de Orientação Humana São Domingos, entidade que atende 324 crianças, Paulo Zanini disse que a creche não tem uma provisão financeira para pagamento de 13º. Mesmo após o decreto que manteve as aulas municipais suspensas, publicado terça, ele ainda não conseguiu um posicionamento da prefeitura.

“Esse ano não fizemos eventos, muitos pais que dão contribuição voluntária pararam porque os filhos não estão indo e muita gente perdeu ou reduziu salário. Mas a parte do governo é diferente, até porque essa verba é federal”, afirmou, referindo-se ao Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Presidente da Fundação Letícia Duarte, Alexandra Salomão contou que a suspensão dos contratos dos funcionários da entidade vence no final de outubro. Além do 13º, ela também não sabe como fará para voltar a arcar com os pagamentos diante do repasse reduzido.

A situação tem atingido também as escolas privadas que têm convênio com a prefeitura. A funcionária de uma instituição que pediu para não ser identificada contou que está sofrendo com redução de salário desde que os repasses diminuíram e que teme demissões. Ela estima que a queda no valor repassado à escola seja de 70%.

CAIXA. Evelene disse que, como creches fazem prestação de contas, a pasta conhece as contas das instituições e a informação é que nenhuma estaria sem dinheiro.

“O dinheiro que é repassado só pode ser usado para determinadas coisas, e todas as escolas tem dinheiro sobrando em caixa. Tem escola que tem R$ 120 mil guardado só do que a prefeitura está pagando e não está conseguindo usar”, afirmou a secretária.

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