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Americana

Descarte irregular de materiais cresce na quarentena e preocupa autoridades

Muita gente tem aproveitado ruas vazias por conta da pandemia de Covid-19 para despejar de tudo em terrenos de Americana

Por George Aravanis

06 de junho de 2020, às 08h36 • Última atualização em 06 de junho de 2020, às 11h40

Terreno com entulho no final da rua Joao de Barro, na Cidade Jardim - Foto: Arquivo - O Liberal.JPG

O descarte irregular de todo tipo de material nas ruas e em terrenos baldios tem crescido durante a quarentena, por causa da menor circulação de pessoas na rua. A informação é do secretário de Meio Ambiente de Americana, Odair Dias (Pros), que disse que a situação preocupa. Nesta sexta-feira foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente.

“Tem muita gente aproveitando a menor quantidade de pessoas na rua. Passa ali, descarta aquele sofá, descarta geladeira, os resíduos de construção civil, poluição da água, todos os possíveis descartes irregulares as pessoas estão fazendo”, afirma Dias.

O secretário afirma que a prefeitura cogitava tentar aumentar as punições, mas que o assunto foi adiado por causada da pandemia, já que as atenções ficaram focadas no combate ao novo coronavírus. Hoje, a multa prevista em legislação municipal é de R$ 1.053.

Outro plano é instalar câmeras nos principais pontos de lixão clandestino, mas, com a queda da arrecadação proveniente da crise econômica causada pela emergência sanitária, ainda não se sabe se isso será possível. Só em abril, a arrecadação em Americana foi R$ 6,1 milhões menor do que no mesmo mês do ano passado.

Edval de Paula Sousa, do GPA (Grupo de Proteção Ambiental) da Gama (Guarda Municipal de Americana, disse que, às vezes, as pessoas jogam todo tipo de material em terrenos baldios que ficam justamente perto de ecopontos (locais destinados justamente ao descarte).

Os infratores agem a todo momento, conta o guarda. “Eu já peguei gente descarando quase meia-noite”, afirmou o patrulheiro, que conversou com a reportagem justamente enquanto fazia mais um flagrante.

De Paula diz que flagrou três descartes em três dias seguidos de trabalho recentemente. Geralmente, a pessoa afirma que “não sabia” que não podia jogar o lixo naquele local.

A Gama costuma mandar a pessoa recolher imediatamente o resíduo que jogou, mas, às vezes, isso não é possível – quando a pessoa joga perto de barrancos, por exemplo, e pode se arriscar na retirada.

DENÚNCIAS. Outra denúncia muito recorrente, segundo de Paula, tem sido referente a pesca irregular – foram 26 nos quatro primeiros meses de 2020, mas o guarda crê que essa quantidade vem aumentando na quarentena.

A Gama recebeu, de janeiro a abril, 144 queixas referentes a crimes contra animais (desde pesca irregular e caça até manter pássaros em cativeiro).

A PM (Polícia Militar) Ambiental recebeu, desde o começo do ano, 109 queixas relacionadas a crimes ambientais – destas, 88 diziam respeito a situações com animais.

Podcast Além da Capa
A relação de Americana com Santo Antonio, o padroeiro da cidade, completa 120 anos em 2020, mas a festividade em torno da data foi forçada a ser revista por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Desde o início da quarentena, em março, as missas realizadas na Basílica Santuário Santo Antonio de Pádua não contam com a presença de fieis dentro da igreja, por conta do isolamento social, mas o contato é mantido por transmissões pelo Facebook. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o administrador paroquial da basílica, o padre Valdinei Antonio da Silva. A necessidade do cancelamento de outros eventos da comunidade católica, como as festas de São João de Carioba e do Senhor Bom Jesus, também é abordada com os padres Marcos Ramalho e Marcelo Fagundes.

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