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Americana

Depois de 10 anos de negociação, torres de alta tensão serão removidas

Estruturas espalhadas por Americana estão inutilizadas desde 1999 e apresentam riscos; medida ocorre após decisão judicial

Por Maria Eduarda Gazzetta

26 de setembro de 2021, às 08h16 • Última atualização em 26 de setembro de 2021, às 08h18

Após 10 anos em tratativas para remoção das 49 torres de alta tensão que estão espalhadas por diversos pontos de Americana, uma empresa foi contratada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) para retirar as estruturas. A contratação foi publicada na última semana, no Diário Oficial da União, e custará R$ 610 mil.

As torres, que estão sem funcionamento desde 1999, eram utilizadas pela rede ferroviária da antiga Fepasa. A remoção é de responsabilidade do Dnit, administrador do patrimônio.

Ao todo, 49 torres de alta tensão serão removidas em diversos lugares de Americana – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Desde 2011 a Prefeitura de Americana tenta a retirada junto ao departamento. O município apontou em laudo riscos à população caso as torres não fossem removidas dos locais, uma vez que as estruturas metálicas estariam sem manutenção e em mau estado de conservação.

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Em 2017, uma equipe do Dnit esteve em Americana para analisar a situação. Após a visita, um relatório feito pelo próprio departamento apontou que as estruturas possuíam isoladores pendurados, com risco de queda, e poderiam provocar eventual acidente. Além disso, o documento apontava que as estruturas estariam atrapalhando canteiros e calçadas e, por estarem ligadas umas às outras, ofereciam risco de acidente elétrico.

Na Avenida Cillos, torre teve a base afetada – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

”Na visita levantamos os problemas físicos e estruturais de várias torres. Tem uma na Avenida Cillos que tinha roldanas de louça que apresentavam risco de queda”, comentou o vereador Gualter Amado (Republicanos), que acompanhou a situação.

Após todas as tratativas junto ao órgão se esgotarem, a administração municipal entrou com uma ação na Justiça Federal, em dezembro de 2020, para que o Dnit retirasse a estrutura completa das torres. Em fevereiro deste ano, o juiz deferiu parcialmente o pedido da prefeitura e determinou, de maneira liminar, apenas a retirada dos fios e dos cabos isoladores após 90 dias da decisão, o que ainda não ocorreu.

O imbróglio, entretanto, parece começar a ser resolvido após a publicação da empresa contratada pelo Dnit.

”Estávamos muito ansiosos para a resposta. Desde 2017 vínhamos brigando para a retirada das torres da cidade, assim como foram removidas em outros municípios. Essas torres dificultam o desenvolvimento, a revitalização. Esses locais em que elas estão poderiam ser usados para outras atividades. Ficamos felizes com essa notícia”, comentou Gualter, em referência à remoção de 33 torres de alta tensão em Sumaré, 2016.

O LIBERAL procurou a assessoria de imprensa do Dnit sobre a previsão para início e término dos trabalhos de remoção e se todas as 49 torres seriam retiradas, mas não houve resposta até o fechamento da edição.

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