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Covid-19

Depois das flexibilizações, região tem alta nas internações por coronavírus

Em Americana, número de internados desde 23 de abril é o maior; Santa Bárbara d'Oeste registra 100% de ocupação nas UTIs

Por Marina Zanaki

15 de maio de 2021, às 07h48 • Última atualização em 15 de maio de 2021, às 07h49

Após flexibilizações do Plano São Paulo, a região observou aumento nas internações pelo novo coronavírus (Covid-19). Em Americana, o número de pacientes internados com respiradores e nas enfermarias dos quatro hospitais da cidade era de 128 nesta sexta-feira. Esse é maior volume de internados desde 23 de abril.

Na última segunda, Americana registrava 103 internados. Em cinco dias, houve um crescimento de 24% nas hospitalizações.

Hospital Municipal de Americana: cidade tinha 128 internados por Covid-19 nesta sexta-feira – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Santa Bárbara d’Oeste começou a semana com 88% das UTIS (Unidades de Terapia Intensiva) da rede pública ocupadas, índice que chegou a 100% na quinta. Nesta sexta, a ocupação dos leitos intensivos era de 96%. Os leitos com respiradores da cidade viram a ocupação saltar de 15% para 34% ao longo da semana. As enfermarias tinham na segunda 68% de ocupação e nesta sexta 52%.

O aumento nas internações ocorre três semanas após a segunda etapa da fase de flexibilização, que autorizou o funcionamento de restaurantes, salões de beleza, atividades culturais, clubes e academias. Essa etapa teve início em 24 de abril.

Médico na linha de frente da pandemia e membro do Comitê de Crise da Prefeitura de Americana, Arnaldo Gouveia Junior disse que desde a semana passada tem observado um aumento nas internações, e relacionou às flexibilizações promovidas.

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“Não tem a ver com Dia das Mães ainda, isso vai começar a vir metade semana que vem em diante. O pessoal está cansado, tem que trabalhar, pega na empresa, passa para casa, e na família passa para outros porque pessoal voltou a se visitar”, disse o médico.

O infectologista acredita que, até alcançar um bom índice de vacinação, deve continuar ocorrendo um efeito sanfona entre fechamentos e contágios nos municípios.

“Agora ainda estamos na mesma onda. Epidemiologicamente falando, tem risco de ter um sossego em maio e em junho, julho recrudescer. Estamos tendo marolas da segunda onda”, comparou o médico, que fez uma recomendação especial contra eventos como casamentos e festas de aniversário.

Mensagem
O médico Carlos Magno Fortaleza, que integra o Comitê de Contingência do Governo de São Paulo, disse ao LIBERAL no final de abril que, além das proibições, as fases do Plano São Paulo enviam uma mensagem à população, e que isso influencia no comportamento.

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“Eu acredito muito na mensagem, às vezes nem é o que fechou a mais na fase vermelha. É olhar o vermelho e dizer: a coisa está ruim. Sempre fui contra a fase verde porque na mente da gente é sinônimo de siga. Já o vermelho ampliado dá uma mensagem, além das coisas que fecham, deixa mais alerta”.

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