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Água

DAE de Americana prevê terminar reparo de vazamento nesta quinta

Água deve voltar à ETA até 22h desta quinta-feira, mas a normalização total do abastecimento na cidade deve ocorrer em 72h, ou seja, até este domingo

Por George Aravanis

16 de janeiro de 2020, às 18h33 • Última atualização em 16 de janeiro de 2020, às 20h37

O diretor geral do DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana, Carlos Zappia, prevê que o reparo na adutora que leva a água do Rio Piracicaba até a ETA (Estação de Tratamento de Água) seja encerrado ainda na noite desta quinta-feira (16).

A previsão inicial era de que os trabalhos fossem encerrados às 20h desta noite, mas o próprio DAE informou que as atividades continuavam às 20h20. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, se a chuva continuar como está, não deve atrapalhar a finalização do serviço nesta quinta.

A expectativa é de que a água chegue à ETA nesta quinta ou na madrugada de sexta e seja distribuída para todos os 21 reservatórios de Americana, que levam o recurso às casas. Porém, para que a situação volte totalmente ao normal na cidade, a previsão de Zappia é de cerca de 72 horas, ou seja, até domingo (19).

No fim desta tarde, o sistema de abastecimento da cidade estava praticamente parado, segundo Zappia. Só tinha água na torneira quem conseguiu deixar alguma sobra na caixa.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
Reparos devem ser concluídos ainda na noite desta quinta-feira, segundo o DAE

O vazamento descoberto na noite de terça-feira (14) afetou a cidade inteira porque a adutora em questão é o único caminho pelo qual passa toda a água captada por Americana no Rio Piracicaba. Não há plano B para levar a água do rio para os tanques do DAE.

São 1.050 litros de água bruta enviados por segundo para a estação de tratamento, que tira as impurezas do líquido e depois o envia aos reservatórios dos bairros. Enquanto o conserto é feito, o envio da água fica parado.

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A água é levada do rio para a ETA num percurso de cerca de 1,5 quilômetro por meio de canos de um metro de diâmetro, sete metros de comprimento e cerca de três toneladas. Esses canos se encaixam uns nos outros por meio de aneis de vedação.

O que causou o problema foi que um desses tubos, no início da Avenida Nicolau João Abdalla, se movimentou e o anel de vedação que o ligava ao cano seguinte se rasgou. A água então começou a vazar. A causa da movimentação ainda é desconhecida e Zappia diz que não é nem possível arriscar um motivo. “Pode até ser vibração, causada pelo trânsito pesado”, diz Zappia, deixando claro que só uma avaliação detalhada dos técnicos vai esclarecer o problema.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
bastecimento deve ser retomado até domingo, segundo o DAE

O reparo é difícil porque a área para autuar fica num espaço restrito, de acordo com José Tadeu Cunha, um dos engenheiros responsáveis pelo reparo. Os canos passam cerca de 5 metros abaixo do solo. O DAE precisou rasgar o chão.

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O problema é que no mesmo ponto passa tubulação de esgoto, de gás encanado e de telefonia, o que limita muito a área para os funcionários do DAE atuarem, já que uma dessas estruturas também poderia ser atingida.

No fim da tarde, os trabalhadores se revezavam para cortar um pedaço do cano com uma máquina chamada multicorte, semelhante a uma motosserra.

O problema é que, além de o tubo ser de ferro fundido, material extremamente resistente, os pontos de apoio em meio a terra e água são poucos. Em alguns momentos, um funcionário precisava segurar o outro pela camiseta para que ele conseguisse fazer operar a máquina multicorte.

Depois desta etapa, será colocado um pedaço de 1,25 m de comprimento de cano para substituir o pedaço cortado. No lugar do anel de vedação, serão instaladas duas juntas mecânicas, mais resistentes, segundo Zappia.

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