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Barragem

CPI ‘morreu’ logo no início, diz deputado Roberto Morais

Em seu discurso sobre o fim dos trabalhos da CPI da Barragem de Salto Grande, deputado deixou claro que investigação havia perdido o timing

Por Claudio Gioria

16 de novembro de 2019, às 07h43 • Última atualização em 16 de novembro de 2019, às 07h46

Em seu discurso sobre o fim dos trabalhos da CPI da Barragem de Salto Grande, dia 5 de novembro, o deputado estadual Roberto Morais (Cidadania) deixou transparecer o que ficou evidente no decorrer dos trabalhos: a investigação havia perdido o timing e não fazia mais o menor sentido quando iniciou os trabalhos, no dia 4 de junho.

“Na primeira oitiva, aqui esteve o Dr. Ivan Castanheira, que é juiz, aliás, promotor do Gaema. Ele mora em Piracicaba, mas trabalha em Americana, e disse: ‘Olha, não vai cair a represa”. Então, ele matou a nossa CPI ali, pelo lado bom”, discursou o deputado. “Tínhamos que buscar um norte”, continuou.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Trabalhos da CPI da barragem de Salto Grande foram encerrados

O norte buscado foi então chover no molhado. “Para a nossa sorte, pelo menos a represa não vai romper, mas, neste relatório final, estamos apontando ao Ministério Público e às demais autoridades a tentativa de reaver o turismo. Para isso, tem que tirar as algas da represa”.

A discussão e os problemas da represa, em relação aos aguapés datam de algumas décadas, um problema muito mais antigo que o debate sobre segurança, que veio à tona devido aos rompimentos recentes de barragens de mineradoras.

Foi isso que concluiu uma CPI que nasceu morta após cinco meses de trabalhos fadados desde o início a chegarem em lugar algum.

Para Dirceu Dalben, relatório foi ‘muito bem produzido’

O deputado estadual de Sumaré Dirceu Dalben (PL), vice-presidente da comissão, discursou na sequência e destacou o trabalho de Morais e o relatório “muito bem produzido” pelo deputado Rafa Zimbaldi (PSB), “no qual colocamos e apontamos o que é necessário fazer para garantir, ainda mais, a segurança, mas, principalmente, dar um tranquilidade, em um primeiro momento”.

Esse relatório, mesmo sem qualquer solução prática para a questão dos aguapés – assunto debatido à exaustão – ou relevância para os envolvidos no assunto, deve ser encaminhado, segundo a Alesp, a Arsesp, Aneel e todos os municípios no entorno do Rio Atibaia.

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