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Modernização

CPFL Renováveis quer usina autônoma

Projeto prevê que unidade consiga regular necessidade de aumentar ou reduzir geração, sem necessidade de controle externo

Por Marina Zanaki

17 de novembro de 2019, às 08h24

O simples ato de acender uma lâmpada por meio de um interruptor continua o mesmo há décadas. Contudo, o processo para fazer com que a energia chegue à população passou por transformações – e pode ser ainda mais modernizado em um futuro próximo por meio de um projeto que prevê o funcionamento autônomo das usinas.

De acordo com o superintendente de Operação e Manutenção, Flávio Ribeiro, a CPFL Renováveis fará um investimento de cerca de R$ 1 milhão na modernização de 40 usinas hidrelétricas, incluindo Americana.

Foto: Divulgação
Em Jundiaí, controla todos os processos de usinas

A novidade consiste em tornar cada usina autônoma – atualmente, os processos são controlados por meio do COI (Centro de Operação Integrado), em Jundiaí. Ele acredita que até o ano que vem essa nova etapa da automatização já tenha chegado à unidade de Americana. A Assessoria de Imprensa da CPFL informou que o projeto está em fase de conclusão.

“A CPFL está investindo em sistema que vai dar um passo a mais, algo bastante inovador no Brasil. O objetivo é que a usina se opere de forma autônoma. Ela mesma vai identificar necessidade de gerar mais, enxergar necessidade de diminuir a geração e vai fazer tudo isso sozinha”, explicou Ribeiro.

TRAJETÓRIA

Desde 2001, a Usina Hidrelétrica de Americana foi automatizada. Com isso, as etapas de controle da geração de energia deixaram de ser realizadas manualmente e passaram a ser feitas por meio do COI.

É como se antes fosse necessário que um funcionário tocasse no equipamento para sentir se estava quente e agora a temperatura sendo medida com precisão por um termômetro. A comparação é do supervisor da Usina Hidrelétrica de Americana, Michel Semensato Simões.

Além da precisão no processo e agilidade nos ajustes necessários, melhorando a produtividade, a automatização também possibilitou que a energia gerada em Americana passasse a integrar o sistema nacional de distribuição. Assim, a eletricidade produzida na cidade não necessariamente fica aqui – da mesma forma, a região pode consumir energia produzida em outras usinas do país.

Outra mudança se refere à mão-de-obra. Antes, os ajustes relacionados à demanda de consumo da população da região demandavam funcionários à disposição 24 horas por dia. Por esse motivo, foram criadas as vilas de funcionários dentro das próprias usinas.

Hoje, esses controles são realizados à distância por funcionários que trabalham no COI, com mais segurança em relação à atividade realizada manualmente. Na Usina de Americana há atualmente cerca de dez funcionários atuando na manutenção, limpeza e conservação.

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