GLP
Corrida por gás de cozinha zera estoque em revendas
Oito comércios consultados pelo LIBERAL não tinham produto até esta segunda-feira; Petrobras garante que não haverá falta
Por George Aravanis
31 de março de 2020, às 09h08 • Última atualização em 01 de abril de 2020, às 15h07
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/corrida-por-gas-de-cozinha-zera-estoque-em-revendas-1174318/
A corrida pelo gás de cozinha em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) zerou o estoque em várias revendedoras. Dos oito depósitos de GLP consultados na tarde de ontem pelo LIBERAL, em Americana, nenhum tinha o produto. A Petrobras informou que fez compras adicionais do exterior, que não há risco de desabastecimento e, por isso, não existe necessidade de estocar.
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Na casa da atendente Maria Valentim, de 38 anos, moradora do Parque Universitário, o botijão acabou na quinta-feira. Ela já ligou em 15 revendas e não achou o produto. “A coisa está ficando feia. [Estamos] Comendo marmita e pão”, contou.
Dos oito depósitos ouvidos pelo LIBERAL, apenas um tinha previsão de receber GLP nesta segunda-feira. Todos têm obtido menos do que pedem e sem certeza de quando a próxima remessa abastecerá o estoque. E, quando o produto chega, acaba rápido.
“Hoje [Ontem] a gente recebeu 42 botijões, só que durou uma hora”, contou Robert Araújo, atendente de um comércio no Nova Carioba. Ele disse que, antes da falta, alguns clientes chegaram a comprar três botijões cada.
Claudio Apolinário, dono de outro depósito, diz que desde o 21 a remessa tem sido irregular. A proprietária de um estabelecimento afirma que desde que as aulas foram suspensas (dia 23), aumentou a procura, por causa do uso maior do fogão com as crianças em casa o dia todo.
Quase todos os estabelecimentos limitaram a venda a um botijão por pessoa e poucos aumentaram o preço. O LIBERAL achou o produto por valores que variam de R$ 65 a R$ 75.
A Petrobras informou que está reforçando o abastecimento de GLP por meio de importações adicionais, que se somam à produção nacional. Até o dia 10 de abril, a previsão é que três navios cheguem ao porto de Santos com capacidade de 1,6 milhão de botijões de 13 quilos.
O Sindigas (Sindicato das Distribuidoras) informou que uma nova carga de gás, importada da Argentina, estava prevista para chegar ainda ontem a Santos, e que até quinta o abastecimento deve estar reforçado. A entidade pediu para que os consumidores evitem comprar mais que o necessário.