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COVID-19

Contrariada, prefeitura mantém academias e salões de beleza fechados em Americana

Decisão do governador de não acatar decreto federal inviabiliza a liberação dos segmentos, diz Governo Omar Najar

Por André Rossi

13 de maio de 2020, às 19h50 • Última atualização em 13 de maio de 2020, às 21h22

Apesar de dizer que seria possível a reabertura de academias de ginástica e salões de beleza, a Prefeitura de Americana anunciou no início da noite desta quarta-feira (13) que seguirá as determinações do Estado e manterá os estabelecimentos fechados.

A possibilidade surgiu após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), publicar um decreto na segunda-feira (11) incluindo os segmentos como essenciais. A autorização final para liberar cabe aos Estados e municípios, segundo entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal).

Porém, a decisão do governador João Doria (PSDB) de não liberar as atividades no Estado inviabiliza a flexibilização, segundo a prefeitura. O anúncio foi feito pelo tucano no início da tarde desta quarta.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o Comitê de Crise da Covid-19 se reuniu na terça-feira para debater o assunto e entendeu ser possível a reabertura imediata de alguns serviços divulgados pelo Governo Federal como essenciais, entre eles barbearias e salões de beleza.

Já as atividades nas academias também poderiam ser retomadas, desde que com uma série de medidas de segurança. Não houve detalhamento sobre quais seriam os cuidados necessários.

“Qualquer medida nesse sentido, no entanto, fica prejudicada diante da decisão do governador João Dória em não acatar as publicações do Governo Federal. Diante disso, a Prefeitura de Americana não tem condições legais para colocar tais mudanças em prática”, informou a prefeitura.

Outras três cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) também decidiram seguir as determinação do governo paulista: Hortolândia, Nova Odessa e Sumaré. A prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste foi questionada, mas não respondeu até a publicação desta matéria.

Segundo Doria, o Comitê de Saúde e o secretário de Saúde, José Henrique Germann, apontam que ainda não há condições sanitárias para autorizar a reabertura de academias e salões de beleza “com segurança” no Estado .

“Respeitamos todos os profissionais que atuam em academias, institutos de beleza, assim como barbearias e manicures. Profissionais que merecem todo o nosso respeito, mas o nosso maior respeito por esses profissionais é garantir a sua via, sua saúde”, justificou o governador.

Diferenças

Essa não foi a primeira vez que o Governo Omar Najar (MDB) se manifestou contrário as decisões do governador.

Em 27 de março, um decreto municipal ampliou a lista de serviços essenciais na cidade, o que incluia salões de beleza. Cinco dias depois, o documento foi revogado pela prefeitura, que criticou as decisões do Estado, mas passou a seguir as orientações para evitar questionamentos futuros.

“O Estado erra ao tratar todos os municípios por igual e certamente terá de seguir revendo seus posicionamentos, enquanto impede que os municípios regulamentem suas decisões, que geram sempre mais dúvidas do que certezas”, disse a prefeitura na época.

Podcast Além da Capa
A quarentena decretada no Estado de São Paulo para combater a proliferação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) completa 50 dias nesta semana. Com as restrições impostas, muitas pessoas tiveram a rotina, hábitos e até o convívio familiar alterado. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter André Rossi, que ouviu moradores da região para entender como a pandemia mudou a dinâmica de suas vidas.

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