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Preço

Consumo de insumos sobe 30% no HM por conta da pandemia

Aumento de preço e “sumiço” de itens no mercado são marcas do período indicado em ata de reunião

Por Marina Zanaki

16 de dezembro de 2020, às 09h06 • Última atualização em 16 de dezembro de 2020, às 09h07

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) aumentou em 30% o consumo de insumos do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, nos primeiros 10 meses deste ano em relação ao ano passado.

A informação consta em ata de reunião da Fusame (Fundação Saúde de Americana), realizada no dia 30 de novembro e publicada no Diário Oficial desta terça-feira.

Diretor-superintendente da Fusame, José Carlos Marzochi explicou que insumos importantes para atendimento dos pacientes de coronavírus estão em falta no mercado e os preços dispararam.

Fachada do Pronto-Socorro do Hospital Municipal; unidade é o principal destino buscado por usuários da rede pública – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Um exemplo é o medicamento Rocurônio, um relaxante muscular utilizado para facilitar a intubação. Seu consumo aumentou mais de 1.000% no período no HM e o preço passou de R$ 9 para R$ 90 na pandemia.

Além do encarecimento, o medicamento está em falta. Para tentar o reabastecimento, a instituição fez uma compra emergencial no valor de R$ 53 mil, e ainda não há a garantia que ele será entregue pelo fornecedor.

“Não temos em estoque, estamos fazendo milagre, não estamos medindo esforços para não faltar sequer um medicamento. Procura de todas as formas, empresta, vai buscar, fazemos compra emergencial”, afirmou o administrador.

“Formamos um comitê interno para que buscássemos alternativas para substituir um medicamento por outro por não encontrar no mercado. Tem aqueles médicos mais experientes, mais antigos, que usavam outras coisas na época e dá certo até hoje. Juntamos experiência dos médicos antigos e novos e encontramos algumas alternativas onde, em nenhum momento, nenhum paciente ficou sem medicação”, garantiu Marzochi.

Os antibióticos são outro tipo de medicamento que sumiu do mercado em função da pandemia. “O mundo está vivendo uma situação de pandemia, que é desconhecida. Não sabemos qual medicamento cura, tem as opções para ver qual medicamento vai ser mais aceitável pelo paciente”, disse o dirigente.

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Equipamentos de proteção individual também observaram uma disparada no consumo e no preço. O uso de aventais descartáveis quadruplicou, passando de 3 mil para 12 mil por mês na pandemia. Uma caixa de luvas que custava R$ 17,50 hoje está R$ 94.

Marzochi acredita que o encarecimento de diversos insumos ocorreu pela falta de matéria-prima que atingiu a indústria, aumento na demanda e pelo aumento do dólar. “A prefeitura tem uma grande parcela de contribuição porque ajuda nos custos, não conseguiria manter só com o SUS”, finalizou.

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