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Americana

Movimento cai e controle aumenta no 2º dia do comércio aberto

Fluxo de pessoas nesta terça foi menor se comparado ao registrado no primeiro dia da reabertura

Por Leonardo Oliveira

02 de junho de 2020, às 15h36 • Última atualização em 02 de junho de 2020, às 18h46

O dia posterior à caótica reabertura dos comércios não essenciais teve um movimento menor de consumidores no Calçadão de Americana. Filas mais organizadas e o respeito as regras sanitárias também se fizeram mais presentes nesta terça-feira (2) do que o registrado na segunda.

Filas mais organizadas e o respeito as regras sanitárias também se fizeram mais presentes nesta terça-feira – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal.JPG

A avaliação de lojistas é de que o grande número de pessoas no Centro no primeiro dia de funcionamento do comércio foi um “impulso” daqueles que estavam há muito tempo isolados em casa e que, no decorrer de semana, o fluxo diminuirá.

“Acho que o pessoal estava todo em casa, cansado, aí abriu e vieram com tudo. Hoje tá um pouco mais tranquilo, é o começo. Eu acredito que vai amenizar bastante, mas a gente não esperava esse tanto de gente”, disse a gerente de uma loja de calçados, Márcia Cristina.

O dia também foi de maior preocupação das lojas com as normas de higiene. O LIBERAL apurou que muitos lojistas receberam a visita de agentes da Gama (Guarda Municipal de Americana) e da PM (Polícia Militar) nesta segunda e foram orientados a mudarem a sua maneira de trabalhar.

Uma grande rede varejista resolveu dividir em filas diferentes aqueles que iriam comprar um produto daqueles que somente queriam pagar uma conta. Além disso, funcionários ficavam do lado de fora da loja orientando sobre o distanciamento – no chão, havia marcações a cada 1,5 metro para facilitar.

– Foto: Marcelo Rocha – O Liberal.JPG

As marcações no solo, inclusive, foram adotadas por quase todas as grandes marcas nesta terça, comportamento diferente do de segunda-feira, quando o LIBERAL noticiou o desrespeito às determinações sanitárias.

“Assim deixa a população mais ciente e a gente não tem que fechar o comércio de novo. Eu cheguei a vir [na segunda], não consegui pagar [a conta] e tive que voltar hoje. A demanda foi muito grande e soube que teve até polícia aqui”, disse a comerciante Janeta Mesquita, de 45 anos.

Ainda que a adesão às práticas de higiene determinadas tenha sido maior, ainda foi possível flagrar restaurantes permitindo que clientes comessem dentro do estabelecimento e lojas que tinham mais compradores do que funcionários.

A gerente de um comércio de impressão fotográfica, Juliana Silva, espera que todos os lojistas sigam as regras. “A gente resolveu barrar mesmo. Estamos atendendo três clientes por vez. Temos álcool em gel para todo mundo. “A gente espera que todo mundo faça o mesmo”, defendeu.

Podcast Além da Capa
O novo coronavírus representa um desafio para a estrutura de saúde de Americana, assim como outros municípios da RPT (Região do Polo Têxtil), mas não é o primeiro a ser encarado. H1N1, dengue, malária, febre maculosa. Outras doenças também modificaram rotinas, exigiram cuidados além do trivial – ainda que não tenha havido quarentena, como agora – e servem de experiência para traçar paralelos com o atual cenário. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com a repórter Marina Zanaki, que assina uma série de reportagens sobre outras epidemias em Americana.

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