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Americana

Sem água, comerciantes da Vila Mariana têm prejuízos

DAE de Americana informou nesta terça-feira que está apurando as causas do problema no bairro por meio de sondagens em redes, registros e vazamentos

Por Marina Zanaki

15 de janeiro de 2020, às 10h15

Comerciantes da região da Vila Mariana, em Americana, estão amargando prejuízo nas primeiras semanas do ano. O motivo é que as torneiras estão secas desde os últimos dias de 2019. Os comerciantes estão improvisando a prestação de serviços com galões de água, mas quando o estoque diário acaba precisam dispensar clientes.

Eles relatam que fizeram queixas junto ao DAE (Departamento de Água e Esgoto), mas foram informados que não havia nenhum problema e que seriam necessárias mais reclamações.

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A autarquia disse que há registros de reclamações de dois imóveis na Avenida Paschoal Ardito e que está apurando as causas por meio de sondagens, registros de setor e possíveis vazamentos não aparentes.

Questionado no final da tarde sobre as demais ruas com relatos de falta de água, a autarquia respondeu que não conseguiria levantar por conta do horário.

A cabeleireira Danila Ferrari, que atende em uma sala na Rua Fernando Luiz Baldin, está sem água desde 31 de dezembro. “Clientes novos tenho até vergonha de atender e falar que estou lavando com galão”, conta a profissional.

Foto: Marina Zanaki / O Liberal
Dentista Rafael Franco Alves diz que tem dispensado clientes

O dentista Rafael Franco Ferreira Alves, que atende na mesma rua, calcula os prejuízos por conta da dispensa de clientes. “O consultório tem média de faturamento em torno de R$ 1,5 mil por dia, não está dando nem metade disso, justamente porque não posso fazer certos tipos de procedimentos que preciso de água corrente”, reclamou.

O comerciante Jairo Lacerda Brito possui um pet shop e uma casa de ração na Avenida Paschoal Ardito, e estima um prejuízo de até R$ 800 por dia. Ele disse que um funcionário do DAE chegou a sugerir que mudasse a localização de seu negócio pois a solução iria “demorar”.

“Faz 15 anos que tenho estabelecimento no mesmo local, como vou mudar? Tem que resolver, fiquei até chateado”, disse o comerciante.

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“Está sem condição, estou tendo que lavar a cabeça pegando de punhado, abaixando. Tenho 84 anos, não preciso passar por isso, a gente paga e muito caro”, reclamou a aposentada Teresa Sgargeta, que mora na Rua Santa Luzia.

O DAE informou que foram feitos trabalhos “minuciosos” durante essa terça-feira. “Caso não haja sucesso, também será escalada equipe no período noturno a fim de localizar o problema. A normalização do abastecimento deverá se dar após a identificação e correção do eventual problema, este, ainda em fase de apuração”, justificou.

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