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Covid-19

Com leitos cheios, Americana ultrapassa 100 mil doses contra coronavírus

Desse total, 67 mil são de primeira dose e 32 mil de segunda; especialista explica o que muda após completar o esquema vacinal

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11 de junho de 2021, às 07h26 • Última atualização em 11 de junho de 2021, às 08h35

Americana alcançou nesta quinta-feira a marca de 100 mil doses de vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19) aplicadas na população. Desse total, 67.427 foram de primeiras doses e 32.990 de segundas.

A marca simbólica foi alcançada quase cinco meses após a primeira vacina ser aplicada na cidade, no dia 21 de janeiro, e também no mesmo dia que Americana ultrapassou os 200 internados pela doença.

A população da cidade, incluindo todas as faixas etárias, está estimada em 242 mil pessoas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Considerando esse cálculo, 27% dos moradores de Americana já receberam alguma dose e 13% completaram o esquema vacinal.

A enfermeira Helen Carolina Andrade de Souza foi a 1ª pessoa a ser vacina contra a Covid-19 em Americana, em 21 de janeiro – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Diretora da Regional Espírito Santo da Sociedade Brasileira de Imunizações, Ana Paula Burian defende que todas as medidas sanitárias devem continuar mesmo por quem está vacinado.

“A principal mudança é o emocional. Não é que eu não tenho mais chance de ter Covid. Mas diminui a possibilidade de que eu, mantendo os cuidados, tenha a doença e desenvolva quadro grave. Se não mantenho os cuidados, vou ter grande chance de ter doença, e posso ter de forma grave”, alertou Ana Paula.

A especialista explicou que, no caso dos idosos, o sistema imune é deficiente e que isso pode comprometer a resposta do organismo à vacina. Ela avalia que é possível voltar a fazer visitas aos maiores de 60 anos já vacinados, desde que todos fiquem de máscara.

“Fazer uma refeição, por exemplo, significa todo mundo tirar a máscara, falar por cima do alimento, e isso é falta de percepção de risco”, afirmou.

Imunizados

Quem continua seguindo à risca as medidas de proteção e de isolamento social é a aposentada Ana Maria Cucatti Garcia, de 69 anos. Ela contou que um dos motivos é que o filho ainda não se vacinou e possui comorbidade.

“Para mim, não mudou nada. Não sei até que ponto a vacina me protege, então para proteger a mim, e à minha família, continuo tendo todas as precauções”, disse a aposentada.

Depois que se vacinou, a enfermeira Monise Almeida de Campos, de 28 anos, voltou a fazer algo básico – ir ao supermercado. Na linha de frente da pandemia no Hospital Municipal de Americana, ela evitava ir a qualquer lugar por medo de contaminar as pessoas. Após ser vacinada, se permitiu algumas flexibilizações.

“Devemos acreditar na ciência. Muitas pessoas não estavam acreditando na vacina, tinham medo de tomar e se contaminar. Então fica o recado que funciona, vemos isso diariamente. Mudaram as estatísticas, quem está pegando agora é quem ainda não tomou a vacina. É a esperança de dias melhores para todo mundo”, disse a enfermeira.

Comerciante Osvaldo Mellado deixou desconfiança de lado e agora está protegido – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

O comerciante Osvaldo Lozano Mellado, de 69 anos, era desconfiado da procedência “chinesa” da Coronavac, mas mudou de opinião. Um dos motivos foi o quadro de saúde do sobrinho de 51 anos, que ficou 72 dias internado por causa da doença.

“Eu falava que não ia tomar se fosse a Coronavac, mas no decorrer do tempo mudei minha visão. Andou morrendo bastante gente, então falei, vou tomar a vacina que for, tem que tomar. No fim, fiquei duas horas esperando na fila no Portal de Americana (drive-thru). Valeu a pena”, resumiu o comerciante.

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