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Transporte público

Com aglomeração em terminal, usuários pedem ampliação das linhas de ônibus em Americana

Usuários relatam movimento maior com reabertura do comércio; prefeitura diz que número de linhas foi aumentado

Por Leonardo Oliveira

02 de junho de 2020, às 16h56 • Última atualização em 02 de junho de 2020, às 21h53

A reabertura dos comércios não essenciais nesta segunda-feira (1º) aumentou a procura pelo transporte coletivo de Americana. Isso é o que dizem os passageiros ouvidos pelo LIBERAL nesta terça-feira (2). Eles pedem que a SOU Americana aumentem o número de linhas para evitar aglomerações no Terminal Metropolitano.

Prefeitura disse que a SOU Americana aumentou de 20 para 26 ônibus nesta terça – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

No início da quarentena, a empresa reduziu alguns itinerários com o argumento de que a demanda pelos coletivos havia diminuído. Na sequência, eles pararam de circular aos domingos. Agora, muitos voltaram à rotina, precisando do transporte municipal para se deslocarem entre a casa e o trabalho.

O LIBERAL esteve no Terminal Metropolitano de Americana e flagrou aglomerações na área de embarque aos coletivos. A situação irritou passageiros, que pedem mudanças na disponibilização das linhas.

O mecânico industrial Cristiano Mendes, de 40 anos, pega ônibus todos os dias para ir até o Zanaga, na empresa onde trabalha. Ele tem percebido um fluxo de pessoas maior agora que o houve a flexibilização da economia na região.

“O ônibus que eu pego é a cada uma hora e meia. Tem que diminuir o tempo de espera, colocar mais linhas. Já que liberou o pessoal, porque não coloca nas ruas? Por causa de custo. Aí o povo tem que se contaminar, ficar na aglomeração”, disse ao LIBERAL.

O tempo de espera também foi criticado pela dona de casa Ivonete Ramos, de 54 anos. “Eu fiquei uma hora e meia aqui no ponto. O que eu pego tá demorando quase duas horas. Se é para as pessoas não ficarem doentes, tem que aumentar os ônibus. Porque fica esse monte de gente aqui, o que adianta? Aí vai encher os hospitais mesmo”, relatou.

Ja a técnica de enfermagem Claudia Maia, de 38 anos, defende que os coletivos voltem a circular aos domingos. Ela trabalha em um hospital de Americana e precisa ir trabalhar a pé quando tem que cumprir um plantão aos finais de semana. “50 minutos [andando] para trabalhar por 12 horas a noite”, contou.

Nesta terça, a Prefeitura de Americana informou que a SOU Americana ampliou de 20 para 26 carros e acrescentou novos horários, apesar da reclamação dos usuários de que o número ainda era insuficiente.

O secretário adjunto da Unidade de Transportes e Sistema Viário, Eraldo Camargo, explicou que a empresa vai aumentar o número de coletivos de acordo com o aumento no número de passageiros.

Podcast Além da Capa
O novo coronavírus representa um desafio para a estrutura de saúde de Americana, assim como outros municípios da RPT (Região do Polo Têxtil), mas não é o primeiro a ser encarado. H1N1, dengue, malária, febre maculosa. Outras doenças também modificaram rotinas, exigiram cuidados além do trivial – ainda que não tenha havido quarentena, como agora – e servem de experiência para traçar paralelos com o atual cenário. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com a repórter Marina Zanaki, que assina uma série de reportagens sobre outras epidemias em Americana.

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