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Americana

Cobertura vacinal contra a pólio em Americana é a menor em cinco anos

No ano passado, cidade imunizou 78,2% das crianças contra a doença, aponta prefeitura

Por Maria Eduarda Gazzetta

09 de agosto de 2022, às 06h49 • Última atualização em 09 de agosto de 2022, às 06h50

A Prefeitura de Americana informou que a aplicação da VOP (Vacina Oral contra a Poliomielite) na cidade ficou abaixo da meta de cobertura em 2021, definida em 95% do público-alvo. O município aplicou 78,2% doses em crianças, porcentagem mais baixa se comparada com a imunização nos últimos cinco anos.

De acordo o Instituto Butantan, a vacinação em gotinhas está caindo em todo o território nacional, o que coloca em risco a erradicação da doença. O último caso registrado no País foi em 1989. Segundo os dados divulgados pela prefeitura, em 2020 foram imunizadas 96,4% das crianças da cidade, 1% acima da média.

Em 2019 a vacina contra a pólio foi aplicada em 92,4% do público. Em 2018, 78,7% e, em 2017, a aplicação foi de 92,7%.

Para tentar aumentar a adesão, o Ministério da Saúde deu início à campanha nacional de vacinação contra o vírus – Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Para tentar aumentar a adesão, o Ministério da Saúde deu início à campanha nacional de vacinação contra o vírus, que segue até 9 de setembro. Em Americana as doses são disponibilizadas de segunda a sexta, das 8h30 às 16h, em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

A campanha também contempla a multivacinação com o objetivo de atualizar a situação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. A administração ressalta que fora da campanha, a vacina está disponível para as crianças de dois, quatro e seis meses de idade na forma intramuscular, e com 15 meses e quatro anos de vida, na forma oral, em uma das UBSs, sem agendamento. É preciso levar a carteirinha de vacinação, documento pessoal, cartão SUS e comprovante de endereço.

GERAL. A diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Mônica Levi, explica que todas as vacinas do primeiro ano infantil, que incluem a da pólio, têm tido uma progressiva queda desde 2016. Segundo a especialista, vários fatores podem explicar o fato.

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“A percepção do risco da doença diminuiu, porque com a vacina a doença ficou desconhecida. A segunda causa seria falta de comunicação com a população por meio de campanhas efetivas e que sejam claras, que expliquem o porquê da vacinação. Ao mesmo tempo, a desinformação aumentou e as pessoas acreditam em fake news”.

DESAFIO. Além disso, Mônica ressalta que o pior período pandêmico ajudou na queda da vacinação de outras doenças. “É um desafio e não podemos deixar a pólio voltar, porque está ameaçando disso acontecer. É preciso lembrar que as sequelas da doença são permanentes. O convencimento, eu acredito, é o caminho mais eficaz, além de campanhas que atraiam a confiança da população”, finaliza.

SINTOMAS
Variam conforme as formas de manifestação da doença, desde a ausência deles até sintomas neurológicos mais graves
– Febre
– Mal-estar
– Dor de cabeça
– Dor de garganta e no corpo
– Vômitos
– Diarreia
– Constipação
– Prisão de ventre
– Espasmos
– Rigidez na nuca
Y Meningite

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