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Boa ação

Clientes e amigos dão ajuda a vendedor de milho da Vila Santa Catarina após roubo

Organizada por jornalista, vaquinha arrecadou mais que o dobro roubado; Seu Valdir também ganhou um celular

Por Paula Nacasaki

05 de dezembro de 2021, às 09h13 • Última atualização em 05 de dezembro de 2021, às 09h14

Clientes e amigos de um vendedor de milho assaltado na Vila Santa Catarina, em Americana, no último dia 23, se comoveram com o caso, decidiram se unir e conseguiram arrecadar o dobro do valor que foi levado na ação criminosa.

Valdir David dos Santos, de 59 anos, o Seu Valdir do Milho, perdeu R$ 700 e o celular durante o roubo. O valor era referente a dois dias de vendas.

Ação organizada por jornalista conseguiu arrecadar mais de R$ 1.500 para o Seu Valdir, vítima de um assalto – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Após a divulgação da matéria pelo LIBERAL, a jornalista Luiza Cazetta, de 34 anos, se sensibilizou e organizou uma vaquinha pelas redes sociais. O vendedor é tão popular pelos seus milhos e atendimento que quatro dias foram suficientes para arrecadar o valor de R$ 1.570.

O dinheiro foi entregue ao autônomo na última segunda-feira (29) e no dia seguinte um outro colaborador da arrecadação on-line foi até a barraca e deu um celular de presente ao Seu Valdir.

“Eu me senti muito bem, muito agradecido, só não agradeço mais por que não tenho condições, mas o que fizeram foi muito bom, que Deus abençoe todos que me ajudaram. Eu até falei pra Luiza, para ela avisar quem me ajudou pra passar aqui na barraca para eu agradecer pessoalmente”, disse.

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No dia do roubo, Seu Valdir relatou que estava em sua banca, que é montada em seu carro, na Rua Ari Meirelles, quando um homem passou pela via, retornou e fez perguntas sobre o produto. Depois disso, pediu um suco e quando Valdir foi atendê-lo, o assaltante anunciou o roubo, mostrando uma arma na cintura.

Houve uma pequena discussão, mas no final, o comerciante resolveu entregar todo dinheiro que tinha, referente a dois dias de serviço. O ladrão deixou o local e instantes depois retornou, pedindo que o vendedor entregasse também seu celular.

Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Americana. Até a publicação da reportagem, o suspeito não tinha sido identificado.

A barraca de milho é a única fonte de renda do comerciante. Ele está no mesmo ponto desde 2013. “Muitos se comoveram, passaram aqui falando que estavam tão chateados com o que tinha acontecido comigo, porque sabiam que eu era uma pessoa trabalhadora”, afirmou o comerciante.

A jornalista Luiza, que organizou a vaquinha, é uma das clientes tradicionais. “Eu me comovi por saber que ele é uma pessoa muito batalhadora, acorda de madrugada para comprar os produtos para vender na sua barraca. Fiquei muito triste em saber que alguém levou tudo pelo o que ele batalha”, explicou Luiza.

Questionado sobre o valor levado, o comerciante relatou que dificilmente conseguiria cumprir com os compromissos do mês se não fosse esta boa ação.

“Ia fazer bastante falta, porque esse dinheiro era para as compras da barraca e contas doméstica. Fica difícil porque tudo que eu tenho que pagar, tem que sair daqui (barraca)”, disse.

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