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Americana

Centro de Zoonoses doa um animal a cada três dias

Em 2018, 77 cachorros e 32 gatos ganharam um lar no município; maioria é adulto e não tem raça definida

Por Valéria Barreira

14 de julho de 2019, às 08h42 • Última atualização em 14 de julho de 2019, às 17h28

Foto: Arquivo - O Liberal
Doações podem melhorar, diz veterinária que cuida dos animais que vivem no Centro de Zoonoses

A cada 3 dias e meio, um animal foi adotado em Americana em 2018, segundo Boletim Socioeconômico elaborado pela prefeitura. Em 2018, 77 cachorros e 32 gatos ganharam um lar no município. Para o Centro de Zoonoses, local onde aconteceram as adoções, o número é significativo.

“Se considerarmos que em torno de 90% dos casos são animais adultos e sem raças definidas e, em alguns casos, até com sequelas ou bem idosos, temos um bom número. Porém, essa quantidade ainda pode melhorar, temos muitos animais aguardando adoção”, afirma a veterinária Aneli Marques Neves Conceição.

Segundo ela, além de incentivar a adoção, a prefeitura utiliza outras estratégias para controle do número de animais abandonados. Ela cita o microchip para identificação dos proprietários (permite identificar o dono do animal abandonado), a castração gratuita disponível para moradores de Americana e a punição com multa nos casos em que o autor do abandono for confirmado.

Aneli lembra que a prefeitura recebe denúncias de abandono por meio do SAC (3475-9024). Quando constatado o abandono, o dono é punido e a multa pode chegar a R$ 3.000.

CONSCIENTE. Para a ONG (Organização Não-Governamental) Animais Tem Voz, o número de animais adotados está longe de ser o ideal. “O interesse por adoções, especialmente de animais adultos, ainda é pequeno. Se formos considerar as adoções conscientes, esse número fica ainda menor”, diz a voluntária Roberta Dias.

Segundo ela, a entidade só entrega animais se o interessado se encaixar nesse perfil. Roberta explica que a adoção consciente é aquela em que a pessoa leva o animal para casa já microchipado e consciente de todas as suas obrigações para mantê-lo seguro e saudável.

“Se a adoção for por impulso, o animal adotado agora pode ser abandonado daqui algum tempo”, acredita. Segundo ela, a ONG promove feira de adoção uma vez por mês e também divulga em suas páginas sociais fotos de animais disponíveis para adoção. No caso de filhotes, é mais fácil encontrar pretendentes. Um animal adulto não tem a mesma sorte.

“Temos um cão adulto conosco há quatro anos porque não conseguimos quem o adotasse”, conta. Por ano, a ONG consegue encaminhar para a adoção consciente cerca de 30 filhotes e dez adultos. A Animais Tem Voz defende a castração como maneira mais eficiente para evitar abandono e maus-tratos a animais.

Segundo Roberta, as denúncias por maus-tratos são rotineiras. Um dos casos mais recentes foi de um gato atropelado na Avenida Santa Bárbara no sábado, dia 6, à noite. Ao invés de socorrer o animal, alguém o jogou numa lixeira próxima. “Socorremos esse animal, mas ele perdeu muito sangue e morreu no domingo pela manhã”, conta.

Casos graves, diz ela, também são comuns. “Recebemos muitas denúncias, mas não temos como atender a todas. Priorizamos aquelas mais graves, onde o animal corre o risco de morrer a qualquer momento caso não seja socorrido”.

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