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Notícias que inspiram

Centro de Diagnóstico da Deficiência Auditiva retoma atividades em junho

CDA estava com atividades suspensas devido à pandemia, mas deve voltar com trabalho em dois meses, com novo presidente

Por Jucimara Lima

18 de abril de 2022, às 07h36 • Última atualização em 18 de abril de 2022, às 09h35

Fernando, Nica e Tânia estão animados com o retorno das atividades - Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG

Desde que iniciou as atividades em 2006, o Centro Lions de Diagnóstico da Deficiência Auditiva, popularmente conhecido como Centro de Diagnóstico Auditivo, faz a diferença na vida de muitas pessoas. Mantido pelo Lions Clube Americana Norte, a história das duas entidades se confundem.

Visionário, quando o leão Fioravante Fabri Filho foi governador do Lions no Distrito LC3, no início dos anos 2000, teve a ideia de enviar um projeto para o Lions Club Internacional. A proposta era conseguir um apoio para a construção da sede, cujo terreno havia sido doado alguns anos antes pela Prefeitura de Americana através do então prefeito,Frederico Polo Muller.

Extremamente atuante em todo mundo, o Lions Internacional ofereceu a ajuda solicitada e em troca, como até hoje é praxe, pediu para que o clube de serviços desenvolvesse um trabalho em prol da comunidade. Como não havia nada parecido que apoiasse pessoas com deficiência auditiva, essa foi a causa abraçada pelo Lions Norte, cujo legado é mantido até hoje.

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Retomada. Quando o mundo foi impactado pela pandemia em 2020, o CDA suspendeu suas atividades. Na época, o centro oferecia gratuitamente, duas vezes na semana, atendimento para pessoas que buscassem fazer exames auditivos ou precisassem de laudos para encaminhamento médico. Em média, cerca de 14 pessoas passavam pela sede, localizada na Avenida Bandeirantes, 2770.

Durante muito tempo, o centro teve à frente o fonoaudiólogo Alessandro Gardinal, que além de dirigir o CDA, também atendia. Deixando seu nome registrado na história, no início desse ano o profissional passou o cargo para José Fernando Corrêa Fonseca, que assumiu a responsabilidade de dar sequência ao trabalho, com o desafio de reativar o centro.

Cheio de planos, Fernando conta que pretende retomar as atividades a partir de junho, já que por enquanto, ainda precisa contratar um fonoaudiólogo para substituir Gardinal. Além disso, pensa em ampliar o atendimento e para isto pretende fechar grandes parcerias.

“Queremos liberar um curso de português para surdos, assim como um curso de libras. Além disso, temos um projeto junto à prefeitura em que pretendemos, no máximo até o início do ano letivo de 2023, promover exames auditivos em todas as crianças em idade escolar do município.”

A atenção para as crianças, segundo o presidente, é porque sem um diagnóstico correto, um problema auditivo pode ser confundido com outras doenças e prejudicar o futuro delas.

“Quando você identifica que é um problema de audição, que não é, por exemplo, autismo, deficit de atenção ou mais uma série de patologias que podem fazer a criança dispersar, é um grande avanço para o desenvolvimento delas”, pondera.

Além disso, Fernando explica que pretende regularizar algumas questões de documentação para que o CDA possa receber verbas públicas e fechar uma grande parceria com faculdades de fonoaudiologia da região. “A ideia é ampliar o atendimento para ser feito de segunda a sexta”, revela.

Atualmente, o centro é mantido única e exclusivamente pelas ações sociais desenvolvidas pelo Lions Norte, como almoços, jantares, locação do salão de festas, entre outras iniciativas.

Evento. No dia 1º de maio acontecerá na Chácara São Tomé um Porco no Rolete, o primeiro evento presencial e aberto ao público na pandemia. Em pouco tempo, os 400 convites colocados à venda já se esgotaram e o evento marcará a retomada das atividades sociais, em um espaço muito especial.

O saudoso Tchida Marin, irmão da Companheira leão Maria Aparecida Campari Marin, a “Nica”, de 77 anos, uma das fundadoras do Lions Clube Americana Norte, construiu o salão e prometeu que a inauguração seria com alguma ação em prol às atividades do clube de serviços.

“Nossa família deseja atender ao pedido dele e estamos fazendo tudo com muito carinho. Será um evento muito bonito, feito com amor e capricho, em memória dele”, revela ela, emocionada.

Oferecimentos do CDA. Além de atendimento gratuito, o CDA não exige nenhum encaminhamento, e muito menos limita a idade de quem pode passar pelos exames em seus diversos equipamentos de diagnóstico.

Além disso, a secretária do centro e do próprio Lions, Tânia Meneghel Caseta, explica que eles trabalham com coleta e doação de aparelhos para quem não pode comprar, assim como de pilhas. Segundo ela, um simples aparelho auditivo custa a partir de R$ 12 mil.

“A comunidade americanense pode colaborar fazendo a doação de aparelhos que não estejam sendo utilizados. Aqui a gente tenta recuperar, molda e oferece para quem precisa”, alerta. Desde a criação desse banco de aparelhos auditivos, mais de 50 pessoas já foram beneficiadas com a ação.

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