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Dengue em queda

Casos de dengue em Americana despencam de 1,9 mil para 26 em maio

Tempo seco e comportamento da população podem ter contribuído para queda nos casos, segundo Vigilância Ambiental em Saúde

Por Marina Zanaki

05 de junho de 2020, às 08h38

Americana registrou 26 casos de dengue em maio, uma queda de 98% em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a Vigilância Epidemiológica havia contabilizado 1.914 infectados. Em 2019, a cidade viveu sua terceira pior epidemia de dengue, e maio foi o mês com mais confirmações da doença.

Este ano, a cidade tem 337 casos, e o pico da contaminação foi em março, com 102 casos.

Coordenador da Vigilância Ambiental em Saúde, Antonio Jorge da Silva Gomes elencou alguns fatores que podem ter contribuído para a queda de casos este ano.

Equipe de combate à dengue realizando trabalho no Parque Novo Mundo, no começo de março – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal_04.03.2020

O primeiro deles, observado em maio, foi o tempo seco. Com menos chuva, diminui a quantidade de água parada que pode servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti. Segundo a Sala de Situação das Bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), choveu em Americana cerca de 15% do esperado para o mês.

Jorge apontou outros dois fatores que podem ter feito os casos despencarem – o sorotipo 2 e o comportamento da população após a epidemia.

“Nosso medo é que tivesse a introdução de vírus circulante diferente. Quando tem o mesmo vírus circulante (no caso, tipo 2), tem a possibilidade de diminuição drástica, porque tem pessoas que já se infectaram. Além disso, quando você está em uma pós-epidemia, as pessoas cuidam um pouco melhor dos seus quintais”, apontou o coordenador.

Pelo segundo ano, Americana contratou a Sime Prag do Brasil para reforçar o trabalho de combate à dengue nas visitas casa a casa.

Os agentes estão concluindo os trabalhos na Praia dos Namorados. O próximo bairro a receber as visitas será o Antonio Zanaga, que lidera com 28 casos de dengue. Em segundo lugar, aparece a Morada do Sol, com 26 casos.

Americana investiga se a morte de um homem de 46 anos em maio foi provocada pela doença.

Jorge disse que é possível que a presença de mais pessoas em casa em função da quarentena pode ter aumentado o combate aos criadouros de mosquito. Ele ponderou, contudo, que o isolamento social teve início em março, e que os números da dengue já indicavam queda na transmissão.

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