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Americana

Caso padre Leandro: Justiça decide adiar audiências para o mês de julho

Oitivas começaram na terça, mas o grande número de depoimentos fez com que novas datas fossem marcadas

Por Ana Carolina Leal

11 de junho de 2021, às 19h46 • Última atualização em 11 de junho de 2021, às 19h50

O julgamento do padre Pedro Leandro Ricardo, ex-reitor da Basílica de Santo Antônio de Pádua, de Americana, será retomado no dia 2 de julho. Ele responde à acusação de atentado violento ao pudor contra quatro ex-coroinhas.

As oitivas começaram na última terça-feira (8) e se estenderam até esta sexta (11). A previsão inicial era de que as audiências durassem apenas três dias. O grande número de depoimentos de acusação e defesa, bem como a longa duração deles, fez com que o juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira, da Vara Criminal de Araras, estendesse o julgamento para três datas no mês de julho.

Padre Leandro responde por atentado violento ao pudor – Foto: Arquivo – O Liberal.JPG

Além do dia 2, estão programadas audiências em 16 e 30 de julho. As datas estão reservadas, inicialmente, para serem ouvidas as testemunhas de defesa – no mínimo quatro por dia. A fase da acusação foi concluída nesta sexta-feira. As oitivas serão realizadas a partir das 13h30, por meio de videoconferência, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Thalita Camargo, advogada das vítimas, disse em entrevista ao LIBERAL na noite desta sexta-feira que está se concretizando o acesso à Justiça, comum e canônica. “As vítimas estão sendo finalmente ouvidas por uma autoridade. Acredito na justiça para essas vítimas”, declarou.

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Sobre a continuidade das oitivas apenas em julho, Thalita explicou que a audiência retorna de acordo com a pauta de julgamento da vara onde corre o processo. “É um procedimento normal”.

Na avaliação do advogado de defesa do ex-reitor da Basílica de Santo Antônio, Paulo Sarmento, o julgamento está ocorrendo dentro da normalidade. “Estamos muito confiantes na absolvição do padre Leandro”, afirmou. De acordo com ele, as testemunhas de defesa começaram a ser ouvidas nesta sexta-feira. “Ainda tem mais de 20”.

Denúncias
Os crimes de atentado violento ao pudor teriam ocorrido entre 2002 e 2005, contra ex-coroinhas da Igreja São Francisco de Assis, em Araras, onde ele iniciou o sacerdócio, antes do período em Americana.

denúncia aponta que Leandro levou um adolescente à casa paroquial, ofereceu bebida alcoólica e fez sexo oral nele. Ele também teria alisado o corpo de um menino de 11 anos, com o pretexto de vesti-lo com uma batina.

Nos outros dois casos, ainda de acordo com o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), o padre teria passado as mãos nas coxas e órgãos genitais dos adolescentes durante viagens de carro.

Leandro sempre negou as denúncias. Em depoimento à polícia, disse que contrariou interesses econômicos de pessoas ligadas à Igreja e, por isso, foi alvo de uma campanha de difamação.

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Em paralelo ao processo em andamento na Justiça de Araras, o Vaticano também investiga as acusações contra o padre.

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