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Americana

Câmara vota permissão para receber lixo de fora

Por George Aravanis

30 de outubro de 2019, às 07h08 • Última atualização em 30 de outubro de 2019, às 10h43

A Câmara de Americana vota nesta quarta-feira, a partir das 9h, em primeira discussão, o projeto que permite o envio de lixo de outras cidades ao aterro sanitário do município. O PSDB, que tem três vereadores e já votou com a oposição em outras situações, se posicionou a favor da proposta. O líder de governo, Pedro Peol (PV), diz acreditar em aprovação sem problemas.

Como é uma proposta de emenda à LOM (Lei Orgânica do Município), são necessários 13 votos (dois terços) para aprovação.

O presidente da Casa, Luiz da Rodaben (PP), aliado ao governo, também vota neste caso. Sem os votos do PSDB, sobrariam cinco na oposição, mais Welington Rezende (Patriota), que por vezes também vota com o grupo.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Aterro poderá ter finalidade ampliada

Se não houver surpresas na base, a tendência é aprovar a proposta. Mesmo entre a oposição, porém, ainda havia dúvidas sobre como votar até a tarde desta terça-feira.

Presidente do PSDB local, Roger Willians diz que o partido fez uma análise técnica para decidir sua posição. “Precisamos de uma gestão de resíduos mais eficiente. Somente aterrar já não é mais sustentável. E o modelo atual limita que os resíduos sólidos sejam dispostos de forma correta”.

Roger refere-se à intenção da Engep de instalar uma usina de CDR (Combustível Derivado de Resíduos) no local. Porém, apesar de boa parte dos vereadores entender que a implementação da usina está vinculada ao recebimento de lixo de outras cidades, uma vez que isso garantiria mais recursos e compensaria o investimento, a empresa diz outra coisa.

Na última sexta-feira, o gerente do aterro, Delmo Pescuma, afirmou que a Engep vai implementar a usina com ou sem lixo de outras cidades. O pedido de licença prévia, inclusive, já está em análise na Cetesb desde o último dia 10, de acordo com o órgão.

Odir Demarchi (PL) afirma que vai votar contra porque o projeto apenas autoriza a chegada de lixo de fora, mas não garante a implementação da usina. Além disso, diz Odir, mesmo com a tecnologia seria enterrado mais lixo do que hoje.

Atualmente, a Engep recebe 230 toneladas por dia, em média – sua licença é para até 500 toneladas; caso o projeto seja aprovado, o plano da empresa é captar até 1,3 mil toneladas diárias de resíduos.

Pelas características do lixo, cerca de 65% desse volume estaria apto a ir para a usina, e os outros 35%, ou cerca de 455 toneladas, seriam enterrados, conforme o cenário considerado ideal pela empresa.

Gualter Amado (Republicanos) também votará contra. Ele diz achar a ideia da usina interessante, porém afirma que o impacto poderia ser “catastrófico”. Isso porque, em sua visão, a região viraria “rota de caminhões de lixo”.

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