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Esgoto

Atraso na obra da ETE Carioba pode comprometer funcionamento de indústrias

Em reunião com o procurador-geral de Justiça do Estado, prefeito Omar Najar pediu um prazo maior para a execução das obras

Por Rodrigo Alonso

07 de agosto de 2020, às 08h41 • Última atualização em 07 de agosto de 2020, às 09h07

O iminente atraso da ampliação da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Carioba, em Americana, pode comprometer o funcionamento das indústrias que geram efluentes e não possuem sistema próprio de tratamento.

Existe uma preocupação, principalmente, com relação ao setor têxtil, predominante no município. Nesta quinta-feira, em São Paulo, o prefeito Omar Najar (MDB) pediu um prazo maior para a execução das obras em um encontro com o procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo.

Um acordo firmado entre MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo), prefeitura e DAE (Departamento de Água e Esgoto) em dezembro de 2017 previa a conclusão dos trabalhos ainda para este ano.

Prefeito Omar Najar (MDB) se encontrou com procurador-geral ontem – Foto: Divulgação

O objetivo da reforma é aumentar para 80% a eficiência do tratamento dos efluentes gerados na cidade. Atualmente, a ETE Carioba trabalha com 40% de eficácia.

Se não houver essa melhora até o fim de 2020, as indústrias deverão ter seus próprios sistemas para tratamento adequado de efluentes, sob pena de não renovação das licenças de funcionamento, segundo Ivan Carneiro Castanheiro, promotor de Justiça de Americana.

A reunião desta quinta também contou com representantes do setor têxtil, o presidente da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), Cauê Macris (PSDB), e o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB).

Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura disse não ser possível concluir as obras neste ano. A administração comunicou que tem o objetivo de realizá-las, mas dentro de um prazo “exequível”. O Executivo também apontou que está tratando dessa questão desde o início da atual gestão.

“Com tempo e investimento, seremos capazes de ampliar a eficiência da ETE e seguirmos desenvolvendo também a economia da nossa região”, escreveu Omar nas redes sociais.

Castanheiro afirmou não concordar com a ampliação do prazo. “O meio ambiente já nem deveria estar pagando esta conta. Não dá mais para continuar assim. Ou se tem um sistema público apto ao tratamento adequado desses efluentes, ou as empresas terão que providenciá-lo, conforme determina a legislação”, comentou.

“Nosso apelo é para que as coisas sejam solucionadas sem prejuízo para a atividade econômica, ao mesmo tempo que as obras sejam feitas para o tratamento do esgoto atingir a eficiência exigida”, disse Cauê Macris.

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