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Paralisação

Ato de funcionários paralisa metalúrgica na Vila Dainese, em Americana

Ao menos 300 trabalhadores ficaram do lado de fora da empresa, na manhã desta terça-feira

Por Paula Nacasaki

21 de novembro de 2023, às 15h49 • Última atualização em 22 de novembro de 2023, às 16h07

Um ato realizado por funcionários na manhã desta terça-feira (21) paralisou as atividades da Malcon Metalúrgica, localizada na Vila Dainese em Americana. O movimento aconteceu em frente à empresa, com início por volta de 7h. Ao menos 300 funcionários ficaram do lado de fora.

A Malcon diz que parte dos trabalhadores não queria aderir ao ato e, de forma ilegal, foi impedida de entrar na empresa.

Na última quinta-feira (16), outra manifestação do grupo de trabalhadores também terminou em confusão na empresa, inclusive com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Sumaré acusando a PM (Polícia Militar) de agir com “viés racista” contra um advogado negro.

Paralisação na manhã desta terça-feira, na Malcon Metalúrgica – Foto: Paula Nacasaki/Liberal

Entre as demandas, segundo os organizadores da paralisação, estão melhores condições salariais, retomada de benefícios, transparência nas negociações e, principalmente, a revogação das demissões de cinco colaboradores, que são apontadas como retaliação pela participação em atos relacionados à empresa.

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“Estamos hoje pedindo o fim dos parcelamentos das verbas rescisórias, o cancelamento das demissões da semana passada – uma vez que ainda estávamos em tratativas com a empresa -, o depósito do FGTS na conta dos funcionários, reajuste nos salários e vale alimentação e pagamento da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), demanda antiga dos colaboradores”, explicou Dayse Cristina Caetano, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região.

Outro ponto de questionamento foi o corte do pagamento do adicional de insalubridade.

Retaliação

No último dia 10, cinco funcionários foram demitidos da Malcon sem justificativa, de acordo com relatos à reportagem. Colaboradores apontam uma retaliação, pois os demitidos participaram junto com outros colegas de uma assembleia, realizada no mesmo dia das dispensas.

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O soldador Rafael Augusto dos Santos França, de 34 anos, trabalhou na empresa por três anos e acredita que a sua demissão, assim como as demais, foram usadas para coagir outros funcionários.

“A gente nem queria greve, a gente queria uma posição sobre o que eles tiraram do nosso salário, da insalubridade. Eles alegam que fizeram melhorias na empresa e por isso cortaram o valor da insalubridade”, relatou o ex-funcionário.

O que diz a empresa

Questionada, a metalúrgica Malcon disse que o sindicato agiu de forma ilegal ao paralisar as atividades nesta terça. Pontuou ainda que as demissões não estão relacionadas aos movimentos sindicais.

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No início da tarde, a empresa aguardava uma liminar para que os funcionários pudessem retomar suas funções.

Sobre o corte do pagamento por insalubridade, afirmou que a empresa segue investindo em EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e, quando não há mais a insalubridade, não há porque manter o pagamento.

Em relação às negociações trabalhistas, a Malcon reforçou que as verbas rescisórias foram quitadas. Sobre o pagamento do FGTS, de acordo com a metalúrgica, o sindicato foi comunicado de que o pagamento aconteceria até o dia 30 deste mês e, por fim, sobre o reajuste, informou que o mesmo foi feito com base na inflação.

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