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EDUCAÇÃO

Após protesto por falta de abono, funcionários de escolas fazem paralisação

Categoria é a única da Educação trabalhando presencialmente desde o início da pandemia do novo coronavírus

Por Pedro Heiderich

03 de novembro de 2021, às 18h09 • Última atualização em 03 de novembro de 2021, às 19h25

Mais de 30 agentes de organização escolar não foram trabalhar e protestaram na Diretoria Regional de Ensino - Foto: Claudeci Junior - O Liberal.JPG

Duas semanas após protesto por falta de abono salarial, funcionários de escolas estaduais fizeram uma paralisação nesta quarta-feira (3), em Americana.

Junto a membros da Afuse (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo), mais de 30 agentes de organização escolar não foram trabalhar e protestaram na Diretoria Regional de Ensino, cobrando novamente a valorização da categoria e reajuste salarial.

Um segundo documento foi protocolado no local registrando nova reclamação e pedindo solução.

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A categoria, que possui entre 300 e 400 funcionários na região (incluindo Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa), é a única da Educação trabalhando presencialmente desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

A classe realizou paralisações em diversas regiões do estado. O sindicato teve reunião com a Secretaria de Educação do Estado na semana passada e tem novo encontro marcado com a pasta para quinta-feira (4).

Em 18 de outubro, pouco após o Governo de São Paulo dar abono salarial para professores e diretores, os agentes de organização escolar fizeram um primeiro protesto em Americana.

O diretor de ensino da região, professor Haroldo Ramos, atendeu o grupo e prometeu manter contato e repassar os anseios ao Estado, o que aconteceu novamente nesta quarta.

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Um agente de organização escolar ganha pouco mais de mil reais por mês. Diretor da Afuse em Americana, (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação de São Paulo), Osmar Silva revelou a dificuldade em negociar com o Estado.

“É um descaso muito grande com a nossa classe. Já são seis, sete anos, sem reajuste. A perspectiva é muito ruim. A bonificação dos professores foi a gota d’água”, declara.

O dirigente sindical conta que a manifestação do último dia 18 deu resultado e abriu canal de negociação da entidade com o governo. A Secretaria de Educação foi procurada e informou que está aberta para o diálogo com a categoria por meio da Afuse

Na época do primeiro protesto, a pasta culpou o novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) do Governo Federal pela falta de abono salarial para funcionários das escolas. O MEC (Ministério da Educação) foi procurado, mas não respondeu.

A Educação ainda prometeu a valorização da categoria através do Projeto de Lei Complementar nº 26, aprovado em primeira discussão pelos deputados no último dia 21.

De acordo com a secretaria estadual, o projeto prevê uma adequação na carreira dos agentes escolares “o que permitirá que, no futuro, os servidores possam ser contemplados nos abonos e gratificações”.

A Afuse classifica o PLC como “uma estratégia absurda e leviana disfarçada de carreira”, cita o fim do reajuste automático anual e do adicional de insalubridade que constam no projeto.

O sindicato ressalta, por fim, a falta de medida no projeto de lei a respeito das perdas salariais dos agentes de organização escolar, que já atinge 250%.

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