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COVID-19

Após nova ‘decepção’, associações negam desobediência civil

Entidades orientam que associados sigam as determinações do Estado e não abram o comércio

Por André Rossi

09 de maio de 2020, às 08h19

A prorrogação da quarentena no Estado de São Paulo até o dia 31 de maio foi classificada como uma nova “decepção” pelas associações comerciais da RPT (Região do Polo Têxtil). Entretanto, as entidades reforçam que a orientação é para que os comerciantes sigam as restrições e que não há nenhum incentivo para “desobediência civil”.

Em Santa Bárbara, guarda fiscaliza utilização de máscara: cidade esperava reabertura – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

No início desta semana, a Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas) apontou que os lojistas da cidade cogitavam partir para uma campanha de desobediência civil caso o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não iniciasse a flexibilização do comércio durante a pandemia de combate ao novo coronavírus (Covid-19).

“Autorizar o relaxamento agora seria colocar em risco de milhares de vidas, colocar em risco o sistema de saúde e, por óbvio, a recuperação econômica”, justificou Doria durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

Presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana), Wagner Armbruster disse que havia perspectiva de que o comércio seria retomado em algumas regiões. A entidade foi uma das que assinou uma carta de apelo enviada pela Prefeitura de Americana ao governador para que a cidade pudesse reabrir gradativamente o comércio.

“Nós não vamos desacatar e nem vamos praticar desobediência civil porque não é a postura da associação comercial. Não vamos incentivar isso. Mas continuamos batendo na tecla que deveria, sim, trabalhar a flexibilização para que não tenhamos um caos total”, afirmou Wagner.

O presidente da Acisb (Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara d’Oeste), João Batista de Paula Rodrigues, reforçou que a postura da entidade é cumprir o decreto. A cidade também enviou um apelo ao Estado pela reabertura na semana passada.

“Estávamos na expectativa que fosse liberado, mas infelizmente não liberou. A entidade vai ter que obedecer. A orientação que nós estamos passando para o nosso associado é de que tem que cumprir a determinação do governo. As cidades estão de mãos atadas”, lamentou João Rodrigues.

A possibilidade de recorrer juridicamente das restrições também é vista como pouca efetiva pelo presidente da Acino (Associação Comercial e Industrial de Nova Odessa), Samuel Teixeira.

“Qualquer atitude que for tomada [para flexibilizar), o Ministério Público vai vir em cima. Todos os atos dos prefeitos estão sendo nulos. Com qualquer iniciativa, vamos ter a punição pelos órgãos governamentais, do poder judiciário, e acabou. Como entidade, a gente sente uma frustração em não poder ter sido ouvido”, criticou Samuel.

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